Incêndio na Kiss aconteceu há mais de dez anos, em 27 de janeiro de 2013, deixando 242 mortos
Na noite da última terça-feira, 13, o ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou para que os quatro condenados pelo incêndio na Boate Kiss voltassem à prisão.
Entretanto, o julgamento foi suspenso após o ministro Antonio Saldanha fazer um pedido de vista — ou seja, um recurso para conseguir mais tempo de análise do caso. Desta forma, não há uma nova data ainda para a retomada do julgamento.
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Vale ressaltar que a tragédia na Kiss aconteceu há mais de 10 anos, em 27 de janeiro de 2013, no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O incêndio deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.
O pedido do Ministério Público, aponta o portal da TV Cultura, era para que a condenação dos quatro réus fossem restauradas. Mas o recurso acabou congelando o andamento do processo novamente.
Os réus foram julgados e condenados em dezembro de 2021. Elissandro Callegaro Spohr, ex-sócio da Kiss, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão; Mauro Londero Hoffmann, outro ex-sócio da Kiss, a 19 anos e seis meses; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, a 18 anos; e Luciano Bonilha, produtor musical, a 18 anos.
Porém, em 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) determinou a anulação da sentença após pedido da defesa — que alega inúmeras ilegalidades e nulidades por parte do júri. Um exemplo disso seria a reunião reservada entre juiz e conselho de sentença sem a participação do Ministério Público.