Dois homens tiveram que ser resgatados da embarcação em agosto de 1918 — e ela permaneceu lá desde então
Um barco que ficou preso nas Cataratas do Niágara por mais de um século, finalmente se moveu graças a uma tempestade ocorrida no último Halloween, 31. Segundo a Comissão de Parques do Niágara, a barcaça, que está presa na fronteira entre Nova York (Estados Unidos) e Ontário (Canadá), estava ancorada desde 1918, depois se ter sido abandonada durante uma missão de resgate.
No entanto, após a forte chuva e vento intenso, o navio se aproximou do lado canadense das Cataratas. Jim Hill, oficial sênior de patrimônio da Comissão da Niagara Park, gravou um vídeo, que foi publicado no Facebook, explicando que a embarcação embora não esteja se movimentando, parece ter “virado de lado e girado”.
De acordo com uma afiliada da rede CNN, essa é a primeira vez que o barco se move em uma distância considerável há mais de um século.
O ACIDENTE
A história do naufrágio faz parte do folclore local. Segundo a história, o navio, chamado de Iron Scow (ou Ferro Velho), estava sendo puxado por um rebocador, no Rio Niágara, quando o cabo cedeu. As fortes correntezas da região teriam arrastado a embarcação até cerca de 600 metros do Horseshoe Falls, uma das três cachoeiras separadas que compões as Cataratas do Niágara.
A bordo estavam dois tripulantes, James Harris e Gustav Lofberg, que ficaram presos lá por um dia. Após uma noite de intenso terror e medo, eles finalmente foram resgatados. A história ainda diz que para evitar que a embarcação se movesse, eles tiveram que abrir as portas de descarga inferior, inundando parte do compartimento com água, o que retardou o avanço do barco até que, por casualidade, ele ficou preso em algumas rochas.
O resgate se tornou um dos momentos mais dramáticos da história das Cataratas. O resgate só foi possível graças a um veterano da Primeira Guerra, chamado William ‘Red’ Hill, que foi fundamental para tirar James e Gustav com vida.
Passado o susto, uma operação para tirar o Iron Scow foi descartada por ser considerada suicida. Assim, a embarcação ficou lá e se tornou um ponto turístico e parte do folclore do Niágara.