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Notícias / Arqueologia

Azulejos de mármore romanos em vila submersa são restaurados, na Itália

Piso de mármore é restaurado em antiga vila romana submersa, localizada próxima à atual comuna de Bacoli, na Itália; confira!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 22/07/2024, às 10h54

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Fotografia do piso de mármore em vila romana submersa - Reprodução/Parco Archeologico Campi Flegrei/Edoardo Ruspantini
Fotografia do piso de mármore em vila romana submersa - Reprodução/Parco Archeologico Campi Flegrei/Edoardo Ruspantini

Recentemente, arqueólogos subaquáticos restauraram um piso de mármore de uma antiga vila romana atualmente submersa, localizada próxima à comuna de Bacoli, na Itália. O trabalho de restauração foi feito ainda debaixo d'água, sem a necessidade de remover os azulejos para o trabalho, que ocorreu no Parque Arqueológico Subaquático de Baia.

Conforme descrito em publicação no Facebook do Parque Arqueológico Campi Flegrei, para a criação do azulejo, "milhares de lajes de mármore, centenas de formas diferentes, foram reunidas para criar uma geometria altamente encaixada".

Essa técnica para criação do piso, por sua vez, é conhecida como opus sectile. Ela consiste em reunir pedaços grandes de pedra, cortados para formar padrões geométricos. Isso se difere dos famosos mosaicos, pois estes usam pedras pequenas e de tamanho uniforme, para criar imagens a partir dela; no caso do opus sectile, são utilizados fragmentos maiores, parecendo mais com um quebra-cabeça.

Esta obra, segundo a Revista Galileu, foi criada no final do Império Romano, e tinha originalmente mais de 250 m² de extensão. Porém, a idade exata da construção ainda não foi confirmada, mas sabe-se que parte do mármore ali utilizado seria de "segunda mão". Os azulejos possuem um padrão com quadrados adjacentes e inscritos em círculos.

O trabalho de restauração, segundo o Parque Arqueológico Campi Flegrei, é considerado pela equipe de arqueólogos um "desafio novo e extremamente complicado, devido à extrema fragmentação dos restos e à sua grande extensão". Quem está envolvido no projeto é a associação cultural CSR Restauro Beni Culturali, em colaboração com a empresa Naumacos, especializada em arqueologia submersa.

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Fotografia tirada durante projeto de restauro de azulejo romano / Crédito: Reprodução/Parco Archeologico Campi Flegrei/Edoardo Ruspantini
Padrão de azulejos / Crédito: Reprodução/Parco Archeologico Campi Flegrei/Edoardo Ruspantini

Problemas da elite

Um detalhe sobre as obras que estão em restauração, pontuado pelos arqueólogos, é que elas dão novos indícios sobre a elite do período romano, revelando que mesmo essas pessoas mais ricas podiam ser afetadas por pressões econômicas. A principal razão para isso é o fato de o mármore que compõe os azulejos ser, em grande parte, reutilizado.

Conforme comunicado, o proprietário original da antiga vila romana aparentemente precisou se contentar em utilizar mármore de reuso, provavelmente para reduzir custos da obra. No entanto, ainda é reforçado que isso não necessariamente compromete o resultado final do projeto.