Intensa atividade solar registrada nos últimos dias pode implicar em auroras no céu mais ao sul do que o usual esta semana; confira!
Publicado em 31/07/2024, às 12h23
Nesta semana, o Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos informou que as auroras boreais podem iluminar o céu mais que o comum nesta semana. Após intensa atividade solar registrada recentemente, com pico na terça-feira, 30, fenômenos poderão ser vistos mais ao sul do que o usual.
Conforme repercutido pela CNN Brasil, um alerta de tempestade geomagnética forte de nível G3 — terceiro nível mais forte de uma escala que vai até o G5 — foi registrado entre os dias 29 e 31 de julho, com pico nesta terça-feira, 30. Fenômenos do tipo não são tão recorrentes, mas ainda mais comuns que tempestades de nível G5, como as registradas em maio deste ano.
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Porém, ainda assim, nas condições da G3 desta semana, estima-se que auroras podem ser vistas até ao sul dos estados de Illinois e Oregon, nos Estados Unidos. Já no Reino Unido, segundo o Met Office, as auroras podem ser visíveis na Escócia, na noite da próxima quinta-feira, 1º. Além disso, a Austrália, no hemisfério sul, também deve ver auroras nos próximos dias.
Devido ao aumento da atividade solar, partículas energizadas de massa coronal podem ser ejetadas do Sol e atingir o campo magnético da Terra, que nos protege. Graças a este contato, e à interação com gases na atmosfera, se torna possível observar luzes de diferentes cores pelo céu.
Vale mencionar que as auroras são mais visíveis ao redor dos polos da Terra, sendo chamadas de "aurora boreal" quando vistas no hemisfério norte, e "aurora austral" quando vistas no sul. Outro detalhe é que a tempestade solar registrada no início de maio, segundo a Nasa, foi a mais forte de duas décadas, possibilitando os registros mais belos e impressionantes de auroras da história.
Embora a Terra possua um sistema de proteção próprio contra as Auroras, alertas ainda foram emitidos a operadores de redes elétricas e satélites comerciais, para mitigarem possíveis impactos negativos das tempestades solares. Em 2003, uma tempestade G5 causou uma série de apagões na Suécia, além de ter danificado transformadores de energia na África do Sul.