O Gaia é o maior mapa de estrelas já criado pelo homem, enquanto os telescópios do ASKAP já captaram sinais de 3 bilhões de galáxias diferentes
A última semana foi de grande importância para astrônomos ao redor do mundo, devido à divulgação dos resultados de dois projetos de mapeamento do Universo diferentes.
Um deles é o Gaia, atlas que já soma 2 bilhões de estrelas, e o segundo é o mapeamento realizado pelo ASKAP, um conjunto de telescópios australianos.
O Gaia, vale dizer, carrega o título de maior levantamento de estrelas já feito. Os cientistas por trás da iniciativa concentraram a tecnologia - que tem uma precisão incrível - nas regiões marginais da Via Láctea, estendendo seus achados até mesmo para outras galáxias.
É nessas áreas que existem algumas das estrelas mais antigas que conhecemos, e estudá-las pode revelar um pouco mais sobre o passado do Universo.
O mapeamento realizado pelo ASKAP, por sua vez, detecta a quantidade de gás hidrogênio em cada galáxia. A rede de telescópios já repetiu sua análise em relação a um impressionante total de 3 milhões de galáxias.
O que ambos os projetos têm em comum é que fazem varreduras extensas do espaço, acumulando uma enorme quantidade de dados que é capaz de construir um panorama galáctico, diferente do que a astronomia costumava fazer mais no passado, que era estudar longamente corpos celestes específicos.
Essas pesquisas modernas também necessitam do auxílio de supercomputadores que possam organizar as informações coletadas.
Sobre a astronomia
A astronomia é a ciência que estuda os corpos celestes e os fenômenos que ocorrem no espaço sideral. Como o Universo intriga a humanidade desde os tempos remotos, o interesse pela astronomia já era presente na cultura de diversas civilizações antigas.
Alguns dos maiores mistérios ainda não revelados pela ciência pertencem a esse campo de conhecimento. Perguntas de implicações existenciais como "Existe vida fora da Terra?" e "Como se formou tudo que conhecemos?" compelem astrônomos em suas pesquisas.