Mesmo com a intensa repressão policial, os habitantes do país continuam pedindo pelo fim do recém-instaurado regime militar
No dia 1º de fevereiro de 2021, o governo de Mianmar foi tomado pelos militares em um inesperado Golpe de Estado. Em resposta ao novo regime, os habitantes do país no sudoeste asiático completam o sexto dia seguido de protestos nesta quinta-feira, 11.
O problema é que os birmaneses continuam ocupando as ruas apesar da repressão policial, que prende mais militantes a cada dia, já que as reuniões foram proibidas pelo governo. Nesse sentido, mais de 200 pessoas já foram detidas pelos militares.
Entre os muitos ativistas presos estão membros da própria Liga Nacional para a Democracia, a LDN. Após a queda do partido, liderado por Aung San Suu Kyi, inclusive, o uso da força policial já deixou vários feridos, sendo que dois estão em estado grave.
Segundo os ativistas, as exigências são a liberdade dos detidos, o fim da ditadura e, por fim, a abolição da Constituição de 2008. Defendendo a democracia, então, membros das etnias karen, rakhine ou kachin também marcaram presença nos protestos.
O Golpe Militar de Mianmar reverberou no mundo todo e líderes de diversas nações já se posicionaram sobre o ocorrido. Joe Biden, o novo presidente dos Estados Unidos, por exemplo, pediu mais uma vez “aos militares que libertem imediatamente todos os líderes políticos eleitos democraticamente [em novembro de 2020] e ativistas".
Josep Borrell, o líder da União Europeia, por sua vez, afirmou que também poderia adotar novas sanções contra o chefe do Exército, Min Aung Hlaing. Apesar dos avisos internacionais, o regime militar continuou detendo personalidades do país, como o vice-presidente da câmara baixa do Parlamento, preso na madrugada de quinta-feira, 11.