Escultura foi encontrada durante expedição na cidade de Plodviv, e é descrita como 'achado fenomenal' por especialistas
Uma importante descoberta arqueológica foi feita em Plovdiv, Bulgária, onde uma cabeça de mármore da deusa grega Tyche foi encontrada durante escavações na Basílica do Bispo.
Datada do final do século I até o século III d.C., a escultura apresenta um refinado trabalho helenístico, com destaque para a corona muralis, uma coroa representando muralhas da cidade e torres, um símbolo da proteção de Tyche sobre Philippopolis, antigo nome da cidade.
A descoberta é relevante não só por seu valor artístico, mas também por sua conexão com a história religiosa e cultural da cidade antiga. Conforme apurou o Achaeology News, especialistas classificaram a escultura como um "achado fenomenal".
Os arqueólogos especulam que a cabeça pode ter sido parte de uma estátua de cerca de 2,5 metros de altura, que possivelmente adornava um santuário pagão anterior à construção da basílica cristã.
Essa sobreposição de locais de culto sugere a coexistência de tradições pagãs e cristãs, um fenômeno comum nas primeiras comunidades cristãs.
A posição da cabeça perto do púlpito da basílica levanta hipóteses sobre sua reutilização como material de construção ou seu significado simbólico. A equipe de escavação, liderada pelo arqueólogo Lyubomir Merdzhanov, planeja continuar explorando o local, incluindo a possibilidade de levantar os mosaicos da basílica para investigar um santuário mais antigo que possa conter o resto da estátua.
O artefato será restaurado e exibido no Museu de Arqueologia de Plovdiv, com o apoio do Instituto Nacional de Patrimônio Cultural Imobiliário da Bulgária.
A deusa Tyche, associada à fortuna e ao acaso, era uma figura central na mitologia grega, reverenciada como protetora das cidades. Sua representação com a corona muralis simboliza sua influência sobre a prosperidade urbana.
Tyche foi posteriormente adaptada pelos romanos como Fortuna, e sua importância perdura no significado moderno de "fortuna".