Aposentado da Polícia Federal esqueceu que grande quantia estava guardada em bolsa enviada com doações às vítimas das enchentes no RS; confira!
Publicado em 12/06/2024, às 12h09
Em meio às doações enviadas às pessoas prejudicadas pelas enchentes do Rio Grande do Sul, em um caminhão que partiu de Santos, em São Paulo, com rumo a Pelotas, uma bolsa foi encontrada com uma "doação" inusitada: 10 mil dólares em dinheiro, uma quantia que, atualmente, seria cerca de R$ 53,8 mil.
A bolsa com o dinheiro foi descoberta durante a triagem dos donativos, juntamente com cartas, fotografias e outras lembranças de um homem chamado Mário Cassiano Dutra.
Nós não tivemos dúvida do que fazer: encontrar o dono desse dinheiro. E encontramos. Nós já entramos em contato com ele, estamos devolvendo o dinheiro para quem, de fato, é o dono", afirma o deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB-RS), cuja assessora descobriu a bolsa, ao g1.
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O verdadeiro dono da bolsa de dinheiro, Mário Dutra, era um policial federal, hoje aposentado com 77 anos. Ele disse ao g1 que juntou o dinheiro durante mais de uma década, para que pudesse realizar uma viagem à Europa depois que se aposentasse, mas a ideia nunca saiu do papel.
"Como não apareceu a oportunidade, eu esqueci", disse ele. "Se esses documentos não tivessem na sacola, jamais iam me encontrar. Me comoveu, eu acho que é a lei do retorno".
O aposentado também contou que, embora sequer tivesse familiares no RS, se sensibilizou com a situação catastrófica no estado, que já acumula mais de 170 mortes e deixou cerca de 600 mil pessoas desabrigadas. Por isso, decidiu ajudar, e arranjou roupas para doar.
A primeira sacola que havia separado para a doação, no entanto, não foi suficiente para guardar tudo que ele pretendia enviar. Foi então que ele encontrou a bolsa vermelha em que tinha itens esquecidos por ele, incluindo os dólares, acomodou o restante dos donativos, e a enviou.
Agora, com o dinheiro novamente em mãos, ele disse que a quantia já possui destino. Segundo o g1, ele vai doar uma parte às pessoas atingidas pelas enchentes, e outra parte será para que ele possa "curtir o resto da vida".
