Em vez de pertencerem a tubarões, como antes pensado, os vestígios fossilizados na verdade viriam de outras espécies
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Porstmouth, na Inglaterra, identificou fósseis que foram classificados errado em dois museus britânicos diferentes. Embora estivessem entre a coleção de espinhos de barbatanas de tubarão, os ossos seriam de duas origens diferentes: da mandíbula de um pterossauro (réptil voador pré-histórico) e de uma espécie não identificada.
Os cientistas foram capazes de fazer a diferenciação através de características muito sutis, que teriam passado despercebidas pelos primeiros paleontólogos a analisarem os fósseis, séculos antes.
As coleções dos dois museus teriam vindo de minas de fosfato que foram exploradas durante o período vitoriano. Foram os mineiros que encontraram os restos fossilizados, entre 1851 e 1900, vendendo-os para arqueólogos.
Atualmente, todavia, não é mais possível investigar as rochas das cavernas onde foram encontrados os ossos. O que apenas contribui para o enigma do fóssil que não pertence nem a um tubarão, nem a um pterossauro.
“Dois dos espécimes descobertos podem ser identificados como um pterossauro chamado Ornithostoma, mas um espécime adicional é claramente distinto e representa uma nova espécie. É um mistério paleontológico.”, explicou o paleontólogo Roy Smith, que liderou a investigação, segundo apurado pelo portal britânico Daily Mail.
Apesar disso, o especialista não pretende que seja um mistério por muito tempo: "Tenho esperança de que outras coleções de museus possam conter mais exemplos e, assim que as restrições COVID forem suspensas, continuarei minha pesquisa", acrescentou ele.