Diante das afirmações agressivas do ator, que assumiu o erro algum tempo depois, a deputada disse que irá tomar as "medidas cabíveis"
No início de setembro, o ator José de Abreu republicou, em seu Twitter, um texto considerado machista e violento contra Tabata Amaral. Diante do post polêmico, a deputada federal afirmou que acionará a Justiça para combater a atitude do artista.
Segundo o UOL, Tabata deixou claro que afirmações como as feitas por Abreu precisam ser denunciadas e, por isso, ela decidiu tomar as "medidas judiciais cabíveis" contra as duas pessoas envolvidas no caso — o ator e o homem que fez a primeira publicação.
José de Abreu repostou uma mensagem que dizia que me socaria até ser preso. Simplesmente por discordar de minhas ideias. Infelizmente o machismo é muito presente, muito violento e tenta nos silenciar", afirmou a deputada, em entrevista à CNN.
"O intuito dessas mensagens de ódio e ameaças tão violentas é fazer com que eu tenha medo e deixe de defender aquilo que eu acredito”, disse ela, à Veja. “Me indigna ver que moramos em um país onde se tolera que uma pessoa com meio milhão de seguidores propague uma ameaça de agressão física a uma mulher, independente de quem seja.”
Diante das ameaças — Tabata já foi alvo de outras manifestações feitas por José de Abreu, como também de agressões feitas por internautas anônimos — e do cenário violento, a deputada acredita que o machismo é "presente, diário, é suprapartidário".
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Logo depois que Tabata veio à público para falar das publicações, José de Abreu voltou atrás e afirmou que errou ao republicar o texto que ameaçava a deputada. "Eu errei redondamente”, disse ele, em vídeo do canal "Fala, Lola, Fala", no YouTube.
A minha vida é repleta de erros, e uma das coisas que eu aprendi é que quando você é muito crítico, você tem que aprender a fazer uma autocrítica”, pontuou o ator de 75 anos. “Vou fazer uma carta para Tabata, em vídeo. Vou escrever um pedido de desculpas para ela. Vou propor uma atitude política.”
"O que eu gostaria de discutir é que essa é uma desconstrução diária que a gente tem que fazer contra racismo, homofobia, misoginia, machismo. Posso falar mal da minha mãe? Ou como é mulher é machismo? Minha mãe era machista, racista", pontuou.
Por fim, Abreu ainda comentou que foi “criado em um ambiente extremamente fascista”. “Quando meu pai morreu, em 1955, a gente passou por uma batalha, mas ela [sua mãe] foi uma lutadora. Ela não era uma pessoa de moral. E muito cedo, percebi ter que me afastar dos conselhos da minha mãe", finalizou o ator.
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