Diagnosticada erroneamente com câncer, uma mulher inglesa foi submetida a uma série de tratamentos sem necessidade
Publicado em 20/10/2023, às 11h17 - Atualizado em 21/10/2023, às 11h29
Uma mulher inglesa de 33 anos de idade passou por dois anos de tratamento após ser diagnosticada com câncer de pele, apenas para descobrir recentemente que, na verdade, nunca esteve doente. Megan Royle, uma maquiadora de teatro que reside em Londres, Inglaterra, recebeu o diagnóstico de câncer de pele em 2019, por médicos do Hospital Chelsea & Westminster.
Os médicos se depararam com uma verruga em seu braço, e a diagnosticaram como melanoma, levando-a a ser encaminhada para a unidade especializada em câncer do The Royal Marsden Hospital, também em Londres. O tratamento incluiu imunoterapia, preservação de óvulos devido ao risco para sua fertilidade e uma cirurgia que resultou em uma cicatriz de quase 20 centímetros em seu braço, conforme relatou a BBC.
No entanto, em 2021, Royle precisou mudar de residência, o que levou a uma mudança na localização de seu tratamento. De acordo com o portal de notícias UOL, a equipe médica que a atendia revisou seus exames e descobriu que ela nunca teve câncer.
Recentemente, a britânica conseguiu um acordo extrajudicial para ser compensada pelos anos de tratamento e pelo sofrimento que enfrentou desde o diagnóstico inicial.
Seu advogado, Matthew Gascoyne, especializado em negligência médica, destacou o "profundo impacto psicológico" que o diagnóstico teve em sua cliente, de acordo com a Sky News.
Royle compartilhou suas emoções, afirmando que, embora tenha sentido alívio por não ter câncer, suas emoções predominantes foram frustração e raiva. Ela comentou: "Você simplesmente não pode acreditar que algo assim possa acontecer, e até hoje não tive uma explicação de como e por que isso aconteceu. Passei dois anos acreditando que tinha câncer, passei por todo o tratamento e então me disseram que não havia câncer algum."
Em uma declaração enviada à Sky News, um porta-voz da Royal Marsden NHS Foundation Trust pediu desculpas a Megan Royle pela angústia causada por sua experiência no hospital.
A North West London Pathology, parceira do Imperial College NHS Trust, também se manifestou, pedindo desculpas por seu erro, embora tenha ressaltado que nenhum acordo poderia compensar plenamente o impacto da situação.