Fala foi dita durante a oração do Angelus, na praça São Pedro, no último domingo, 13
Em 18 de abril de 2015, no auge da crise migratória no Mediterrâneo, um barco que levava mais de 700 imigrantes naufragou; apenas 28 pessoas sobreviveram. No ano seguinte, autoridades italianas retiraram a embarcação do mar para tentar reconhecer todos os cadáveres que por lá ficaram.
Anos depois, em 2019, o barco foi exposto na Bienal de Arte de Veneza, passando a ser considerado um monumento "símbolo de todas as tragédias, conhecidas e desconhecidas, que envolveram os homens, mulheres e crianças obrigadas a abandonar suas terras em busca de uma vida melhor", como explica matéria publicada pelo UOL.
Agora, a peça ficará em Augusto, na Sicília. O fato fez o Papa Francisco pedir, no último domingo, 13, durante a oração do Angelus, na praça São Pedro, que as pessoas tenham mais solidariedade e tratem com menos indiferença as tragédias envolvendo migrantes.
"Que este símbolo de tantas tragédias no Mar Mediterrâneo continue a apelar à consciência de todos e a encorajar o crescimento de uma humanidade mais simpática que derrube o muro da indiferença", disse.
Além disso, o pontífice pediu para todos pensarem “no Mediterrâneo como o maior cemitério da Europa”, completou.
Esta, inclusive, não é a primeira fala de Francisco sobre tragédias envolvendo migrantes. Há cerca de um mês, como informou a RFI na época, o líder da igreja católica chamou de “vergonha” o destino de 130 migrantes que desapareceram após um naufrágio no Mediterrâneo, se dizendo “estar muito triste pela tragédia”.