A descoberta, que sugeriu que os antigos enterravam os falecidos em posição fetal, foi feita em uma fazenda na região de Vinces
Os antigos habitantes da cidade de Vinces, na província de Los Ríos, no Equador, tinham uma maneira bastante peculiar de enterrar seus mortos.
Foi o que revelou uma descoberta feita em uma fazenda da região, anunciada pelo site local ALDIA.
Urnas funerárias feitas de cerâmica, que guardavam restos mortais de indivíduos que viveram entre 900 a 1534 d.C., foram encontradas totalmente ao acaso por trabalhadores que manejavam o solo do terreno. Com a identificação do material, eles receberam ajuda de maquinaria pesada para retirar a terra da área.
As peças foram levadas para pesquisadores do escritório regional do Instituto do Patrimônio Cultural (INPC), responsáveis por examiná-las.
Os pesquisadores sugeriram que os antigos túmulos datam do período pré-hispânico e que as pessoas enterradas faziam parte da cultura milagro-quevedo, que existiu pouco antes da colonização espanhola no continente.
A partir da descoberta, os especialistas também puderam entender mais sobre as práticas funerárias do antigo povo, que foi um dos últimos a habitar a região do Equador antes de os espanhóis chegarem.
Segundo os arqueólogos, as urnas funerárias de cerâmica encontradas na fazenda sugerem que a cultura enterrava seus falecidos em posição fetal. Além disso, os restos mortais também eram geralmente encontrados com objetos pessoais.
O prefeito de Vinces, Freddy Valencia, informou ainda por meio de uma publicação no Facebook do governo municipal que a fazenda revelou outra descoberta arqueológica importante para a região, que ainda possui poucas informações mas será analisada por especialistas.
Ele afirmou que foram encontradas evidências de que o local foi habitado por uma população durante o período Paleolítico, que chegou ao fim em 10.000 a.C.