O comprador do álbum encontrou a peça em uma feira de antiguidades, mas logo notou que o objeto continha pelos e tatuagens macabras
Um álbum de fotos comprado em um mercado de antiguidades na Polônia revelou um passado macabro para um elegante artefato: após notar que o livro fedia, tinha linhas semelhantes a cabelos e irregularidades na sua pintura, decidiu entregar o objeto ao Museu de Auschwitz para avaliação. A conclusão é que sua capa é feita de pele humana.
Com pelos e tatuagens, as análises da equipe do museu confirmaram que a pele é proveniente de presos que ficaram retidos no Campo Bunchenwald, no leste da Alemanha. A encadernação foi feita com a pele junto ao nylon e eram usadas apenas internamente nos campos de concentração. As fotos do álbum são de uma família da Bavária.
Sob posse do Museu de Auschwitz, há registros no próprio museu que mostram que já foram confeccionados outros objetos usando a pele de prisioneiros durante a repressão nazista na Segunda Guerra Mundial, para encadernar livros e revestir carteiras. Em nota, a Instituição manifestou indignação: “sem dúvidas, uma prova do crime contra a humanidade”.
Elżbieta Cajzer, chefe do setor de coleções do Museu de Auschwitz, explicou que esse tipo de ação tem origem em atos históricos dentro dos campos: “O uso de pele humana como material de produção está diretamente associado à figura de Ilse Koch, que, junto de seu marido, escreveu seu nome na história como a assassina do campo de Buchenwald”.