A adega, encontrada onde hoje é a cidade de Frankfurt, foi descoberta dentro de uma casa residencial romana incendiada na Alemanha
Arqueólogos do Museu Arqueológico de Frankfurt, da Alemanha, encontraram uma antiga casa residencial do período romano, no lado sul das duas ruas principais da antiga cidade romana de Nida, em março de 2023. Além da própria residência, eles também desenterraram os restos de uma adega de madeira, surpreendentemente bem preservada.
Quando a região de Frankfurt vivia o período romano, os distritos de Heddernheim e Praunheim, de Frankfurt, constituíam a cidade de Nida. Em 110 d.C., era a maior cidade do Limes — conjunto de ocupações ao sul do império —, e capital do Estado de Tauno (Civitas Taunensium), com cerca de 10 mil habitantes. Porém, por volta de 259 d.C., a região foi conquistada pelos Alamanos (ou Suábios), e sua população entrou em declínio.
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A habitação continha ainda os degraus que formavam a escada que descia para a adega. No interior, havia restos de vigas carbonizadas, carvão e vestígios de fogo, o que indicava que a residência foi destruída por um incêndio.
De fato, os arqueólogos apontam que o calor do incêndio foi tanto, que foi encontrada, próxima às ferramentas de quem ali vivia, uma jarra de vidro parcialmente derretida. Além disso, também foram achados vasos de cerâmica e vidro, e diversos outros objetos de metal.
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Ao Heritage Daily, um porta-voz do Museu Arqueológico de Frankfurt disse que, agora, a equipe de investigação deve analisar os materiais arqueológicos encontrados, para determinar melhor a data da construção e da destruição daquela residência.
Vale mencionar que, nessa escavação, foram empregadas técnicas modernas de extração que permitiram o transporte de toda a adega, intacta, para ser preservada.
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Não é a primeira adega de madeira identificada na Nida romana. Achados semelhantes foram descobertos durante escavações na cidade antiga inúmeras vezes nos últimos 100 anos; no entanto, foram menos bem preservados e não foram examinados tão extensivamente com os métodos modernos de escavação", afirma um comunicado do museu.