Crime ocorreu no ano de 2015, na zona leste de São Paulo
Está previsto para esta quinta-feira, às 13h, o início do julgamento dos cinco réus acusados de matar a travesti Laura Vermont, em 2015, no bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. A jovem tinha apenas 18 anos quando foi espancada com socos e pauladas por um grupo de rapazes, segundo o Ministério Público (MP), após uma briga na região. Todos os acusados responderão ao processo por homicídio em liberdade.
Segundo informações do portal de notícias G1, o júri popular será realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste, e será composto por sete jurados que decidirão se serão condenados ou absolvidos. A sentença será dada pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri.
Em junho de 2022, a Justiça de São Paulo determinou que o governo do estado indenizasse a família de Laura em R$ 100 mil por danos morais, após um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontar que a causa da morte da travesti foi em decorrência do traumatismo craniano que ela sofreu.
Segundo a Justiça, dois policiais militares que atenderam a ocorrência foram considerados omissos, truculentos e descuidados. Embora não tenham sido acusados de participar diretamente do assassinato, foram considerados irresponsáveis por não terem protegido a vítima e por terem agredido Laura.
Os PMs ainda deram uma versão fantasiosa na delegacia, omitindo tudo o que aconteceu e só contaram a verdade após serem confrontados pela Polícia Civil. Por causa dessas falhas, o governo de São Paulo foi condenado a indenizar a família da vítima.