De acordo com as autoridades, os réus enfrentam a possibilidade de serem condenados a até dez anos de prisão
Na região dos Urais, na Rússia, os gerentes de um bar foram temporariamente detidos sob acusação de "extremismo LGBTQIA+", conforme anunciado por um tribunal na cidade de Orenburg nesta quarta-feira, 20.
"Este é o primeiro caso criminal deste tipo na Rússia depois da decisão do Supremo Tribunal de classificar o movimento LGBTQIA+ como extremista", afirmou Ekaterina Mizulina, ativista dos "valores tradicionais" apoiados por Vladimir Putin, segundo a agência AFP.
Após uma audiência realizada a portas fechadas, o tribunal de Orenburg determinou a prisão de dois acusados, conforme comunicado pelo tribunal via Telegram.
O diretor artístico e a administradora do bar "Pose" permanecerão sob custódia pelo menos até "18 de maio". Na Rússia, a prisão provisória é normalmente estendida até o veredicto final do julgamento.
A acusação diz que, "durante a investigação, foi apurado que os acusados, pessoas com orientação sexual não tradicional, (...) também apoiam as opiniões e atividades da associação pública internacional LGBTQIA+ proibida no nosso país".
Os réus enfrentam a possibilidade de serem condenados a até dez anos de prisão, segundo as autoridades. Desde o ano de 2013, uma lei russa proíbe a "propaganda" de "relações sexuais não tradicionais" para menores.