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Notícias / Crimes

Acusado de abuso de menores, Cardeal Pell é absolvido e sairá da prisão na Austrália

O clérigo, que foi um dos ministros mais próximos de Papa Francisco, é acusado de violentar sexualmente dois jovens de 13 anos, na década de 1990

André Nogueira Publicado em 07/04/2020, às 12h00

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George Pell - Wikimedia Commons
George Pell - Wikimedia Commons

O mais alto tribunal da Austrália declarou nulas as condenações do cardeal George Pall, de 78 anos (ex-tesoureiro do Vaticano), pelas acusações de agressão sexual contra crianças. O clérigo, próximo do Papa Francisco, foi livrado da sentença pela juíza Susan Kiefel em uma sessão praticamente vazia. A decisão, unânime, foi divulgada no Twitter.

Segundo o supremo Tribunal, as provas apresentadas ao júri produzem uma “dúvida razoável” em relação a sua culpa, possibilitando que “uma pessoa inocente [pode] ter sido condenada”. Pell deve sair ainda hoje da prisão em que está na cidade de Victoria, Austrália. Com a decisão, não há mais como recorrer para novas sentenças no caso, que está encerrado.

"Meu julgamento não foi um referendo sobre a Igreja Católica", declarou Pell em declaração emitida. Segundo ele, sua defesa "mantinha consistentemente minha inocência enquanto sofria de uma grave injustiça". "Ingenuamente não vimos isso acontecer, estávamos confiantes de que o que era certo seria válido nesse caso", disse Rachael Burgin, advogada de alguns sobreviventes do abuso. A equipe de acusação declarou-se chocada com a decisão.

Brasão oficial de George Pell / Crédito: Wikimedia Commons

"Hoje é um dia difícil para os sobreviventes do mundo todo, de violência sexual e crime de gênero. Infelizmente, essa decisão justifica toda a falta de confiança que os sobreviventes têm nas instituições. Esse impacto será abrangente. As pessoas terão medo de denunciar abusos.", reafirmou Burgin ao jornal Al Jazeera.

Segundo a mídia, as vítimas de Pell eram garotos de 13 anos. Os crimes ocorreram nos anos 1990, quando o líder religioso era Arcebispo de Melborne. Segundo a acusação, o padre e outros membros da Igreja abusaram dos jovens, que pertenciam ao coral da instituição, na sacristia da Catedral de St. Patrick. Pell afirma que em momento algum esteve a sós com as crianças por tempo suficiente para qualquer ação do tipo.