Um brasileiro que esteve presente no voo da Latam que despencou 150 metros no ar disse que as crianças teriam voado de seus acentos e batido no teto
Henrique Cidreira, de 36 anos, é um brasileiro que estava a bordo do voo da Latam que sofreu um acidente na última segunda-feira, 11. O avião, que era um Boeing, subitamente despencou por cerca de 150 metros após um suposto problema técnico.
A aeronave partiu da Austrália com destino à Nova Zelândia, porém, após sofrer esse incidente em pleno ar, 50 passageiros ficaram feridos. 13 desses, aliás, precisaram ser hospitalizados para tratar seus ferimentos — incluindo dois indivíduos de nacionalidade brasileira.
Fui arremessado da poltrona onde estava para duas atrás da minha. Fiquei no chão, preso entre as poltronas e o corredor. Foi uma coisa de segundos. Teve a queda brusca e depois o voo voltou ao normal. Mas esses segundos foram aterrorizantes. Todo mundo teve a sensação que iria morrer", relatou Henrique, conforme repercutido pelo UOL.
Após o episódio, muitas pessoas a bordo ficaram com lesões e algumas até mesmo perderam a consciência temporariamente. Já quando o avião finalmente pousou, havia ambulâncias com paramédicos aguardando para atender os feridos. Henrique, por sua vez, foi um dos que optou por não ser tratado naquele momento:
Na hora estava sentindo dor no pescoço e nas costas, mas achava que era superficial e acabei não ficando. Mas ainda sinto dor, e sei que muitas pessoas também estão se recuperando. Na adrenalina a gente não sente, mas depois vê que tá mal", relatou.
O caso atualmente está sendo investigado pelas autoridades competentes. A Latam comunicou ao público de forma preliminar que o incidente teria sido causado por um "evento técnico", e explicou como compensou os passageiros pela situação de pânico:
A LATAM forneceu alimentação, hospedagem e transporte aos passageiros afetados pela suspensão do voo. A LATAM Airlines Group tem como prioridade dar assistência aos passageiros e tripulantes do voo, e lamenta os inconvenientes causados por esta situação. Além disso, reforça o seu compromisso com a segurança como um valor inegociável das suas operações", afirmou a companhia aérea em uma nota divulgada também pelo UOL.