A usina nuclear tem sido tem sido estratégica desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia
Moscou foi acusada de “colocar em risco” a região em torno da usina nuclear de Zaporíjia, que está ocupada por tropas russas, pelo G7, grupo que reúne as sete democracias mais industrializadas do mundo, nesta quarta-feira, 10. Ele também exigiu a devolução da central para a Ucrânia.
Alguns analistas, ouvidos pela RFI, via G1, destacam os riscos de um acidente nuclear, que seria ainda maior que a catástrofe de Chernobyl, lembrando que o Exército russo estaria consciente de tal ameaça. A usina nuclear localizada na Ucrânia tem sido estratégica desde o começo do conflito.
Tanto Moscou quanto Kiev afirma que o campo adversário bombardeou as instalações nucleares na semana passada, mas nenhuma fonte confirmou as alegações. Na última segunda-feira, 8, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, denunciou o que qualificou como “ataques suicidas”, durante uma entrevista coletiva, se referindo ao complexo nuclear.
Ele ainda pediu a suspensão das operações militares nos arredores da usina, para permitir que a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) acesse o local.
O ministro ucraniano das Relações Exteriores fez um alerta, para que se os bombardeios causarem uma explosão da usina, poderia ser até 10 vezes pior do que o de Chernobyl, que deixou mais de 4 mil mortos, além de ter tido muitas consequências econômicas, sanitárias e ecológicas, de acordo com dados das Nações Unidas.
Os países do G7, formado por Canadá, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, França, Itália e Japão, acusam Moscou de colocar toda a região em perigo, e também a comunidade internacional. Em um comunicado, o grupo escreveu: "Exigimos que a Rússia devolva imediatamente ao seu legítimo proprietário soberano, a Ucrânia, o controle total da usina nuclear de Zaporíjia".
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