Militares tinham o objetivo de atacar grupos armados, mas acabaram matando civis por engano; o caso ocorreu na noite do último domingo
Militares nigerianos utilizaram drones para atacar grupos armados no norte do país, resultando, porém, na morte acidental de 85 civis que participavam de uma cerimônia religiosa. As autoridades confirmaram as mortes na segunda-feira, 4.
O incidente ocorreu na noite de domingo, 3, na aldeia de Tudun Biri, no estado de Kaduna, onde milhares de muçulmanos se reuniam para celebrar o aniversário do profeta Maomé.
O governador de Kaduna, Uba Sani, relatou que civis foram "mortos por engano, e muitos outros foram feridos" devido a um drone que tinha como alvo "terroristas e criminosos". As informações são do portal Metrópoles.
A Agência Nacional de Gestão de Emergências divulgou um comunicado informando que "85 cadáveres foram enterrados até agora", mas as operações de busca continuam, indicando que o número de vítimas pode aumentar.
O escritório da Anistia Internacional na Nigéria sugere que o total de mortos pode chegar a 120, destacando que muitos eram crianças, e novos corpos continuam a ser descobertos, conforme apontado por Isa Sanusi, diretora do grupo na Nigéria, à agência de notícias Associated Press.
Em resposta à tragédia, o presidente nigeriano Bola Ahmed Tinubu ordenou uma investigação nesta terça-feira, 5. A Presidência, em comunicado, expressou a indignação e pesar pela trágica perda de vidas nigerianas, descrevendo o incidente como muito infeliz, perturbador e doloroso.