O grupo de agentes da lei é conectado ao espancamento e eletrocutamento da dupla; entenda!
No último dia 24 de janeiro de 2023, Brett McAlpin, um investigador-chefe do departamento policial de Rankin, que é um condado no estado norte-americano de Mississippi, recebeu uma ligação de seu vizinho.
O estadunidense reclamou ao oficial a respeito de dois homens negros que estavam "ficando em sua propriedade". McAlpin enviou então quatro policiais conhecidos como o "Esquadrão Goon" atrás da dupla.
Christian Dedmon, Hunter Elward, Jeffrey Middleton e Daniel Opdyke, que já eram conhecidos por sua conduta violenta, invadiram o domicílio dos homens, chamados Eddie Parker e Michael Jenkins, onde os algemaram, agrediram e eletrocutaram repetidamente, além de proferirem insultos de teor racista contra eles.
Outro detalhe perturbador é que os policiais brancos teriam tentado forçar vibradores nas bocas dos dois. Adicionalmente, despejaram leite, álcool, calda de chocolate, gordura de cozinha e gemas de ovo em seus rostos. O episódio demorou duas horas, e terminou com os homens negros sendo obrigados a tomar banho antes de serem levados à delegacia para lavar as evidências do que ocorreu.
Daniel Opdyke também colocou o cano de sua arma na boca de Jenkins, disparando duas vezes (a primeira falhou).
A bala dilacerou a língua, quebrou sua mandíbula e saiu pelo pescoço", aponta a denúncia contra os oficiais, conforme informado pela revista People.
Ainda de acordo com o veículo, existem também diversas mensagens codificadas trocadas pelos policiais detalhando como eles deveriam agir na situação. A expressão "sem fotos ruins", por exemplo, significaria apenas deixar marcas em locais do corpo das vítimas que não fossem capturadas por um mugshot (que é a fotografia tirada de suspeitos na delegacia).
Para tentar justificar a violência e encobertar seus crimes, os oficiais estadunidenses roubaram amostras de drogas do laboratório criminal e fingiram as ter encontrado com suas vítimas.
Além dos cinco agentes da lei citados, um sexto foi acusado por envolvimento com o acobertamento do caso. Todos admitiram serem culpados de suas acusações sem necessidade de ir a julgamento, e agora aguardam pelas suas sentenças.
As confissões de culpa feitas pelo Esquadrão Goon de Rankin no estado do Mississippi hoje foram históricas. O segundo conjunto de confissões de culpa de hoje representa a primeira vez na história do Mississippi que um escritório de aplicação da lei branco foi responsabilizado criminalmente por má conduta policial contra um negro", apontou Malik Shabazz, advogado de Parker e Jenkins, em uma entrevista à People.