Confira fatos sobre os principais períodos históricos, a formação e a decadência desses povos
As civilizações grega e romana deixaram grandes marcas em um período conhecido como Antiguidade, ou Idade Antiga, que durou entre 4 mil a.C. e 476 d.C. Esses dois povos ocidentais foram responsáveis por desenvolver tradições, conhecimentos e ideais que utilizamos até hoje. A seguir, conheça mais sobre eles:
Conhecidos como helenos em seus territórios (Hélade) e, posteriormente, como gregos (na Grécia). Essa civilização preocupava-se muito com o ser humano, motivo que a levou ao pioneirismo de ideias democráticas e filosóficas.
Entre 2 mil e 900 a.C. (período Pré-Homérico), os povos aqueus, jônios, eólios e dórios povoaram a Grécia, formando as civilizações micênica e minoica. Entre 900 e 700 a.C. (conhecido como o período do poeta Homérico), começaram a surgir, nos territórios gregos, as cidades-estados ou pólis (Atenas, Esparta, Tebas, Corinto…), as quais possuíam organização social e políticas próprias. Isso, por sua vez, gerou um desenvolvimento estratégico, religioso e comercial.
O período Arcaico compreendeu os anos de 700 a 500 a.C. Nessa época, o aumento populacional e o poder na mão da aristocracia fizeram a política passar por várias transições até se consolidar a democracia. Surgiram, então, os legisladores Drácon e Sólon, que limitaram os poderes nas mãos dos ricos, o que resultou no apogeu da democracia com Péricles. Os cidadãos (basicamente homens adultos, pois essa política excluía crianças, mulheres e estrangeiros) podiam votar em leis ou assuntos de forma direta (e não representativa, como hoje).
No período Clássico (entre 500 e 338 a.C.), Atenas tornou-se a cidade-estado mais importante. Isso porque obteve grandes conquistas, tanto no campo intelectual quanto no campo das batalhas. Junto a outras cidades-estados, Atenas fundou a Liga de Delos.
Esparta não concordou com os créditos dados a Atenas e, por isso, junto a outras cidades-estados, fundou a Liga do Peloponeso. O caráter da formação espartana era militar: valorizava o homem com perfeição física, coragem e disciplina para ganhar guerras.
Na Guerra do Peloponeso (contra a Liga de Delos), Esparta saiu vitoriosa, e a Grécia continuou com lutas internas, o que facilitou para que o rei da Macedônia (Felipe) conquistasse o território grego. Com isso, seu filho (Alexandre Magno, o Grande) estendeu o império até a Índia.
O período Helenístico compreendeu os anos de 338 a 30 a.C. Nessa época, após as conquistas da Macedônia sobre a Grécia e a expansão do império, a cultura grega, que antes se restringia ao ocidente, foi difundida no oriente.
A civilização romana foi marcada por três períodos históricos: a Monarquia, a República e o Império.
O período monarca ocorreu entre 753 e 509 a.C. Ele foi marcado pela invasão dos etruscos e pela política do Pão e Circo (distração do povo por meio de comidas e diversão). A sociedade era dividida entre patrícios (proprietários de terras, que exerciam muito poder em Roma), plebeus (população de agricultores, artesãos, pastores e comerciantes) e escravos (os mais fortes gladiadores).
O período republicano compreendeu os anos de 509 a 25 a.C. Nessa época, Roma foi governada por dois cônsules, que eram auxiliados por senadores. Os patrícios continuavam a exercer grande poder em Roma, porém esse forte domínio gerou revolta por parte dos plebeus, o que resultou na eclosão de diversas lutas.
Após os patrícios e os plebeus lutarem por quase dois séculos, os representantes da República criaram a Lei das Doze Tábuas (direitos e deveres dos plebeus) e a Lei da Canuleia (permissão para casamentos entre patrícios e plebeus com cargos políticos).
Durante a fase republicana, Roma conquistou toda a Península Itálica, disputou o Mar Mediterrâneo nas Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.) e concentrou grande número de escravos, o que gerou desequilíbrio econômico e social.
Esse desequilíbrio levou a lutas políticas, que se sucederam até o primeiro governo Triunvirato (três governadores: Crasso, Pompeu e Júlio César). Quando Crasso morreu, Pompeu e Júlio César disputaram o poder, sendo que este último se tornou ditador perpétuo de Roma, diminuindo o poder do Senado.
Júlio César foi assassinado em 44 a.C. e, após a sua morte, surgiu o segundo Triunvirato (Lépido, Otávio e Marco Antônio). Esses três líderes também disputaram o poder entre si, o que resultou no afastamento de Lépido e nas disputas entre Otávio e Marco Antônio. Otávio saiu vencedor e foi proclamado imperador de Roma em 27 a.C.
O período imperial compreendeu os anos de 27 a.C. a 476 d.C. Nessa fase, Roma foi dividida em Alto Império e Baixo Império. No início do Alto Império, os cristãos foram duramente perseguidos por recusarem o culto aos deuses oficiais e aos imperadores. Contudo, o imperador Constantino deu liberdade de culto aos cristãos (Édito de Milão) em 313 d.C. Por sua vez, o Baixo Império foi dividido em Ocidental (Roma) e Oriental (Constantinopla).
Com os altos gastos militares para manter as divisas entre os impérios, os altos impostos, a corrupção e a falta de fornecimento de escravos, Roma começou a entrar em declínio. Com isso, os bárbaros (não romanos) aproveitaram a situação e derrubaram, de vez, o Império Romano.
Os romanos deixaram grandes heranças culturais para a humanidade, como a literatura, a arquitetura, a escultura, o direito e a atividade militar.
Por Tao Consult