Segundo Robert Vicino, CEO da empresa que constrói esse tipo de reduto, as buscar por bunkers subterrâneos cresceu 2.000% durante a pandemia
Com a segunda onda do coronavírus assolando diversas partes do mundo, muitas pessoas estão praticando o isolamento social de uma forma um tanto quanto inusitada: dentro de bunkers. Pode parecer estranho, mas de acordo com Robert Vicino, CEO da Vivos, empresa que constrói esse tipo de reduto, a ideia tem se tornado cada vez mais popular.
Em entrevista ao portal australiano Nine, que foi repercutido pelo UOL, ele contou que a procura por esse tipo de instalação cresceu em 2.000%. Mas engana-se quem pensa que essas moradias subterrâneas comumente usadas em guerras não possuem suas sofisticações. Algumas delas chegam a custar 179 mil dólares, ou pouco mais de 910 mil reais.
A vida em bunkers passou a ser popularizada durante a Guerra Fria, quando as pessoas, com medo de serem atingidas por mísseis ou bombas, passaram a viver em moradias subterrâneas. E foi justamente nesse período, em 1982, que Vicino teve a ideia de seu empreendimento.
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Lançado há pouco mais de uma década, na Dakota do Sul, nos Estados Unidos, o projeto “Vivos x Point” já conta com mais de 500 habitações, que são capazes de abrigar até 5.000 pessoas. Além dessa região, a empresa também possui instalações em Indiana (EUA) e também na Alemanha.
Por mais que a ideia possa parecer apocalíptica para alguns, Vicino revela que ela surgiu após ter escutado ‘uma voz’ dentro de sua cabeça lhe dando conselhos.
"A voz disse que eu precisava construir bunkers subterrâneos grandes e profundos para salvar milhares de pessoas de algo que está vindo em nossa direção".
"E em 2007 tive um sentimento muito, muito forte de que precisava prosseguir. Algo estava vindo, e em breve, e o mundo sentiria um grande caos", revela.
Robert ainda conta que as pessoas podem viver até um ano dentro dos bunkers. "Essas instalações estão totalmente abastecidas, têm academias, pequenas clínicas cirúrgicas, até uma prisão", conclui.