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Coronavírus / Pandemia

"Não teremos como vacinar toda a população brasileira", afirma Ministério da Saúde

Segundo informações divulgadas em coletiva de imprensa, o grupo de maior risco será priorizado na campanha de imunização

Daniela Bazi Publicado em 28/11/2020, às 09h00

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Imagem ilustrativa de uma enfermeira com uma vacina - Pixabay
Imagem ilustrativa de uma enfermeira com uma vacina - Pixabay

Na última sexta-feira, 27, o Ministério da Saúde informou que, ao ser aprovada, a vacina contra o Covid-19 não deverá ser distribuída para toda a população em 2021. Em coletiva de imprensa, foi revelado que as pessoas priorizadas serão as do grupo de grande risco, onde um plano nacional para a imunização destes pacientes já está sendo trabalhado e terá seu documento preliminar divulgado na próxima terça-feira, 1.

De acordo com Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, "Definimos objetivos para a vacinação, porque não temos uma vacina para vacinar toda a população brasileira. Além disso, os estudos não preveem trabalhar com todas as faixas etárias inicialmente, então não teremos mesmo como vacinar toda a população brasileira".

Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, também se pronunciou afirmando que a decisão não significará a desproteção do restante da população. "O fato de determinados grupos da população não serem imunizados não significa que não estarão seguros, porque outros grupos que convivem com aqueles estarão imunizados e dessa forma não vão ter a possibilidade de se contaminar", comentou.

Além disso, o secretário revelou que a estratégia para a distribuição da nova vacina pode ser comparada com as campanhas de vacinação da gripe, que também priorizam o grupo de maior risco. "Nossa meta é vacinar 80 milhões de brasileiros por ano, não falamos em toda a população”, disse.

"Quando falamos de vacinação, o mundo não entende que terá que ter vacina para todos. A Covax [iniciativa da Organização Mundial de Saúde que acompanha nove estudos de vacinas para oferta aos países] almeja 2 bilhões. É uma meta ambiciosa, e não se imagina que haverá vacina para todas as pessoas do planeta", completou Franco.