Separados dos familiares, os idosos não resistiram à pandemia que já registra 252 mil mortes
No mês de abril, David Toren, 94 anos, Faye Becher, 95 e Joseph Feingold, 96, foram separados de suas famílias e entes queridos após serem contaminados com o novo coronavírus. Por fazerem parte do grupo de risco, o cuidado com os idosos teve que ser redobrado.
Infelizmente, apesar de todo o cuidado, os três morreram por complicações da doença. No entanto, essa não é a única coisa que eles têm em comum: os três também sobreviveram ao Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.
David fugiu da Alemanha Nazista em um trem rumo a Suécia e nunca mais viu os pais que foram mortos no campo de concentração; Faye sobreviveu a Auschwitz e foi encontrado por soldados britânicos no meio de uma pilha de cadáveres; Já Joseph foi escravo na Sibéria.
Os três viviam em Nova York, uma das áreas mais afetadas da doença no mundo que é o lar de 40 mil sobreviventes do Holocausto. "A pandemia é o maior desafio desta geração desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o diretor executivo da Fundação USC Shoah, Stephen D. Smith, em entrevista.
Só nos Estados Unidos, mais de 1,2 milhão de pessoas sofrem com a doença, sendo que 69 mil já morreram em consequência do vírus. Mundialmente, 3,5 milhões de pessoas testaram positivo para a COVID-19; As vítimas fatais já estão na marca de 252 mil.