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Curiosidades / Olimpíadas

Olimpíadas: Veja 5 escândalos que marcaram o evento

Ao longo da história, vários eventos marcaram as Olimpíadas, desde boicotes devido a polêmicas políticas, até disputas pessoais

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 20/07/2024, às 10h00 - Atualizado em 26/07/2024, às 10h38

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A patinadora Tonya Harding, os velocistas Tommie Smith e John Carlos em protesto anti-racista e o ex-presidente americano Jimmy Carter - Getty Images
A patinadora Tonya Harding, os velocistas Tommie Smith e John Carlos em protesto anti-racista e o ex-presidente americano Jimmy Carter - Getty Images

Nesta sexta-feira, 26 de julho, começa o maior e mais aguardado evento esportivo do mundo de 2024: as Olimpíadas de Paris. Os Jogos Olímpicos vão durar pouco mais de duas semanas, encerrando-se no dia 11 de agosto.

Um fator relevante para a importância das Olimpíadas é sua própria história. Elas foram criadas pelos gregos, por volta de 776 a.C., e remodeladas para o formato atual em 1896, no fim do século 19. Assim, a história destes jogos também é extremamente antiga.

Ao longo de mais de um século, uma série de transformações ocorreram no evento, bem como casos polêmicos. Confira a seguir 5 escândalos que marcaram as Olimpíadas ao longo da história:

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1. Agressão na piscina

Ervin Zador saindo ensanguentado da piscina, em 1956 / Crédito: Getty Images

Em 1956, as Olimpíadas de Verão ocorreram em Melbourne, na Austrália, entre novembro e dezembro, marcando os primeiros Jogos Olímpicos realizados fora do hemisfério norte do globo.

Porém, uma série de tensões marcou o evento na época, além de boicotes: Egito, Líbano e Iraque se recusaram a participar, em protesto contra a invasão israelense da Península do Sinai. Além disso, Holanda, Espanha e Suíça decidiram não participar em protesto, visto que a União Soviética ainda jogava, mesmo após invadir a Hungria.

Essa tensão entre soviéticos e húngaros, inclusive, levou a um episódio polêmico durante uma partida de polo aquático. Isso porque, no quarto período do jogo, os húngaros venciam os soviéticos por 4 a 0.

Enfurecido, o atleta soviético Valentin Prokopov deu um soco no húngaro Ervin Zador, fazendo-o sangrar na piscina. O jogo terminou com a vitória da Hungria — que conquistou o ouro na partida seguinte —, e os quatro competidores da URSS foram retirados da piscina por conduta antidesportiva.


2. Olimpíadas do México de 1968

Tommie Smith e John Carlos em protesto durante as Olimpíadas de 1968 / Crédito: Getty Images

Certamente, as Olimpíadas de 1968, do México, foram marcadas por episódios marcantes. O mais brutal é que, dez dias antes da cerimônia de abertura dos jogos, o país viveu o Massacre de Tlatelolco, no qual cerca de 190 estudantes foram mortos pelos militares mexicanos, durante manifestação contra a prisão de presos políticos pelo governo. Na época o governo alegou que foram apenas 26 mortos, e temia que os protestos atrapalhassem os Jogos Olímpicos.

Apesar disso, os jogos ainda começaram normalmente, dez dias depois do massacre, e em meio às competições também ocorreram protetos. O caso mais famoso é certamente quando dois velocistas negros americanos, Tommie Smith e John Carlos, subiram descalços no pódio e levantaram punhos com luvas pretas.

Essa saudação se deu em solidariedade ao movimento pelos direitos civis dos Estados Unidos. Infelizmente, os dois corredores foram expulsos da equipe olímpica após o episódio, mas marcaram a história do esporte para sempre.

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3. Terrorismo na Alemanha

Fotografia tirada durante ação policial contra terroristas palestinos em 1972 / Crédito: Getty Images

Em 1972, apenas 27 anos após o fim do Holocausto, as Olimpíadas retornaram à Alemanha, em Munique. Nesse evento, os alemães queriam mudar a reputação internacional do país, que ainda era marcado pelo Reich de Hitler. Na época, os organizadores chamaram o evento de "jogos sorridentes" e "jogos de paz e alegria".

No entanto, os Jogos Olímpicos foram marcados por uma tragédia: terroristas palestinos invadiram a vila olímpica durante uma noite, e fizeram como reféns um grupo de atletas e treinadores israelenses, exigindo a libertação de prisioneiros palestinos e terroristas alemães presos.

Infelizmente, nesse episódio, 11 membros da equipe de Israel foram mortos. Após isso, os jogos foram interrompidos, mas recomeçaram 24 horas depois, segundo a Teen Vogue.


4. Boicotes na Rússia

Jimmy Carter anunciando boicote às Olimpíadas de 1980 e manifestante contra o boicote / Crédito: Getty Images

Os Jogos Olímpicos de Moscou, na Rússia, em 1980, foram os mais boicotados de toda a História. Pela primeira vez, a competição seria realizada em um país comunista.

Na ocasião, 65 nações optaram por não participar dos Jogos Olímpicos, incluindo os Estados Unidos. Esse boicote foi anunciado pelo então presidente americano, Jimmy Carter, em desaprovação à invasão soviética no Afeganistão.

Inclusive, Carter ameaçou revogar os passaportes de qualquer atleta americano que ainda tentasse comparecer ao evento esportivo. Vale mencionar que, em reação, a União Soviética decidiu boicotar os Jogos de Los Angeles quatro anos depois.


5. Nancy Kerrigan x Tonya Harding

Tonya Harding e Nancy Kerrigan, respectivamente / Crédito: Getty Images

Na época das Olimpíadas de Inverno de 1994, as patinadoras artísticas americanas Nancy Kerrigan e Tonya Harding estavam no auge, e encaravam a rivalidade criada na mídia. No entanto, um ataque chocante ocorreu durante uma sessão de treinos naquele ano, em Detroit. Quando Kerrigan saiu do gelo, foi golpeada no joelho por um homem com um bastão.

Uma semana depois, a identidade do agressor foi descoberta. Ele fora contratado pelo ex-marido de Harding, Jeff Gillooly, e seu amigo Shawn Eckhardt, que tentava ajudá-la a chegar às eliminatórias nas Olimpíadas de 1994 — Tonya Harding alegava não saber nada sobre o plano.

Ainda assim, Kerriganconseguiu se classificar para participar nas Olimpíadas, que ocorreram na Noruega, e conquistou uma medalha de prata; já Harding, ficou apenas em oitavo lugar, e depois foi destituída de seu título de campeonato nacional, e proibida de competir na patinação artística dos Estados Unidos.