No ano de 2016, uma equipe de arqueólogos encontrou os restos mortais de um jovem que viveu há cerca de dois mil anos
Um artigo publicado na revista Nature no dia 16 de setembro de 2016 anunciou uma impressionante descoberta arqueológica: um antigo esqueleto, encontrado em um naufrágio no Mediterrâneo, próximo à costa da ilha grega de Anticítera.
Foi neste mesmo ambiente que, há mais de um século, foi localizada um item de dois mil anos, a qual os cientistas consideram muito avançado para seu tempo. Era tão complexo que apenas recentemente pesquisadores passaram a entender o seu funcionamento.
Enquanto investigavam a região no ano de 2016, pesquisadores encontraram uma série de ossos antigos. Entre eles estavam parte de um crânio, dois ossos do braço, dois fêmures e várias costelas, todos em um curioso estado de conservação para a idade.
A suspeita é que os restos mortais tenham pertencido a um pessoa que viveu no século 1 a.C e que acabou sendo vítima do naufrágio de um famoso navio mercante.
Segundo o especialista em análise de DNA antigo do Museu de História Natural da Dinamarca, Hannes Schroeder, os ossos muito provavelmente pertenciam a um jovem do sexo masculino.
O pesquisador, no entanto, revelou à Nature algo que deixou a todos intrigados: "Eles não se parecem com ossos que têm 2 mil anos de idade", declarou o profissional.
"Nós não sabemos de nada parecido com isso", declarou Brendan Foley, codiretor da escavação. Ele atuava como arqueólogo subaquático na Instituição Oceanográfica Woodshole, em Massachusetts.
Na época da descoberta, Schroeder comentou sobre a possibilidade de o DNA do indivíduo ainda estar conservado nos ossos petrosos, que ficam atrás da orelha. "Se há algum DNA, então, pelo que sabemos, ele vai estar lá", disse o profissional à revista.
Conforme explicou o pesquisador, com a recuperação do DNA seria possível analisar detalhes como a cor do cabelo e dos olhos do indivíduo, assim como sua ascendência e origem geográfica. O site Aventuras na História não encontrou informações recentes que confirmem desdobramentos da pesquisa de 2016.
Foi nesse mesmo naufrágio que, em 1901, pesquisadores encontraram a chamada máquina de Anticítera. Tratava-se de um dispositivo extremamente complexo, composto por cerca de 40 engrenagens de bronze, muito semelhante a um relógio.
Foi somente recentemente, que os pesquisadores entenderam que a máquina funcionava como um antigo computador e que a mesma era utilizada para prever fenômenos astronômicos, como os eclipses.