Admirada e querida pelo povo, na época, a morte precoce da imperatriz deixou a nação em luto
Não é novidade para ninguém que Dom Pedro I possuía amantes, sendo a mais famosa a Domitila de Castro, também conhecida como Marquesa de Santos.
Maria Leopoldina da Áustria, por sua vez, sabia sobre os casos extraconjugais do primeiro imperador do Brasil, tal fato que não contentava nem um pouco a imperatriz e a perseguiu até os seus últimos momentos de vida.
Confira abaixo 5 fatos sobre a sua melancólica morte.
1. Triângulo amoroso
Com o passar do tempo, a relação entre Dom Pedro I e Domitila se intensificou e a amante tornou-se dama de companhia de Leopoldina. Para piorar a situação, o imperador quase não vivia ao lado da própria esposa, motivo pelo o qual a fazia constantemente ficar abalada com a situação.
Da relação entre Dom Pedro I e Domitila, nasceu, ainda, Isabel Maria de Alcântara, a Duquesa de Goiás, entretanto, na mesma época, Leopoldina estava prestes a dar à luz a Francisca de Bragança.
“Na correspondência dela com sua irmã, ela escreve o tempo todo dizendo sua total decepção com o marido [...] Leopoldina foi uma figura absolutamente solitária, que apesar de todo esse sofrimento, vai acompanhar Dom Pedro I, ela não o desampara em momento nenhum”, afirma a historiadora Mary Del Priore em entrevista à AH.
2. Brigas e mitos
Após Dom Pedro I humilhar Leopoldina quando a imperatriz assumiu a regência do Brasil, o casal teve uma severa discussão. Tal fato fez com que muitas pessoas, por anos acreditassem que o imperador teria chutado a barriga da esposa, piorando seu estado de saúde. No entanto, uma exumação feita nos restos mortais da imperatriz comprovou que o caso não passa de um mito popular.
3. Grave doença
No início de novembro de 1826, Leopoldina ficou gravemente doente. Por dias a imperatriz só vomitava, sangrava e sentia fortíssimas cólicas. Em pouco tempo, o quadro só agravou, e Leopoldina passou a sofrer de intensos delírios, e assim passou seus últimos dias de vida.
Em seu leito de morte, Leopoldina já não atinava mais as ideias. Confusa e com a saúde extremamente debilitada, a jovem sofreu diversas convulsões, ocasionadas pela febre alta, que na época, foi tida como impossível de conter.
4. Boatos de envenenamento
Neste mesmo período, surgiram diversos rumores sobre a ausência de Leopoldina. Algumas pessoas especularam que Domitila havia contratado um médico para envenenar a esposa de seu amante. No entanto, nenhum dos boatos nunca foram comprovados, não passando apenas de lendas.
5. Nação em luto
Maria Leopoldina veio a falecer no dia 11 de dezembro de 1826, no Palácio de São Cristóvão. Amada e admirada pelo povo, Leopoldina deixou uma nação inteira em luto por causa de sua morte precoce. Segundo publicações da época, a imperatriz era infinitamente mais querida pelos súditos do que o próprio Dom Pedro I.
Antes de vir a óbito, o estado de saúde debilitado da jovem imperatriz fez com que muitas pessoas procurassem os jornais para obter informações sobre sua recuperação, uma vez que temiam a sua morte. Tal fato mostra que, embora a história de Leopoldina tenha sido injustiçada, as suas contribuições para o Brasil foram inestimáveis.
“Estamos acostumados a olhar para Leopoldina vendo um certo ‘coitadismo’. Por trás dessa mulher que sofreu, existia uma cabeça coroada. Havia uma mulher que tinha um projeto pros filhos dela, e ela queria que os filhos tivessem esse império, ela vai lentamente cedendo à ideia de que o Brasil pode ser interessante para seus filhos”, indica Mary.
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