Gladiadores: os craques da antiguidade
Os gladiadores tinham bastante coisa em comum com os jogadores de futebol dos nossos tempos: a maioria tinha origem pobre, fazia muitos treinamentos para entrar em campo – no caso dos romanos, as grandes arenas, como o Coliseu – e, caso se dessem muito bem, poderiam ficar ricos, famosos e procurados pelas mulheres. Nada mal para quem, geralmente, começava a carreira para escapar da escravidão. “Os gladiadores não eram acorrentados nem açoitados e não lutavam mais do que três vezes por ano. Melhor do que ser um escravo comum”, diz a historiadora Bárbara McManus, do College of New Rochelle, nos Estados Unidos. Duro mesmo era sair vivo dessas lutas.
SEGUNDA DIVISÃO
Nem sempre os gladiadores lutavam contra outros guerreiros. Existia uma turma especializada em enfrentar animais. Era uma espécie de segunda divisão, que não deixava os lutadores famosos. Os romanos curtiam porque tinham a chance de ver animais raros, principalmente tigres e rinocerontes.
AH, EU TÔ MALUCO!
O povão delirava com as lutas. E a elite também. Tanto que vários imperadores piravam com as lutas. Dois deles, Calígula e Comodus, até lutaram contra outros gladiadores. Adivinha quem venceu…
PANCADARIA ORGANIZADA
A luta era no mano a mano, e a coisa era organizada para evitar covardias, como gladiadores muito mais fortes contra outros fracotes. Dos quatro tipo de lutadores, só um, o retiário, podia recuar em combate.
O POVO QUER SANGUE!
A galera podia salvar ou condenar um gladiador com apenas um sinal das mãos.Tem historiador que diz que, para salvar, era só levantar o polegar. Outros dizem que o gesto certo era levantar a mão fechada.
MARIA-ARENA
Mulheres apaixonadas por atletas famosos e ricos existem desde que Roma é Roma. Os Ronaldos da época ganhavam pichações como esta, encontrada nos muros de Pompéia: “De noite, (o gladiador) Crescens captura mocinhas em sua rede”.
MORTE SEM CHORADEIRA
Se o cara estivesse para morrer e o povão não o salvasse, o importante era aceitar o fim sem fazer escândalo. Depois do golpe fatal, o corpo era removido por um homem vestido como Caronte – o barqueiro que, segundo a mitologia, levava as almas para o inferno.TRÁCIO
Usava um capacete que cobria a cabeça inteira, um escudo quadrado, caneleiras até os joelhos e uma espada encurvada. Era o mais fraquinho.
MURMILLO
Um braço era protegido e o outro carregava um escudo. Tinha uma espada curta e um capacete em forma de peixe. Lutava contra o Trácio.
RETIÁRIO
Carregava um tridente, uma faca pequena e uma rede. Os braços eram protegidos até o ombro. Lutava contra os murmillos ou os secutores
SECUTOR
As armas eram muito parecidas com as dos murmillos, mas o capacete não tinha pontas para não prender na rede do retiário.