Cachaça: Um brinde à liberdade
Em 1789, os intelectuais, padres e militares envolvidos na Inconfidência Mineira tomavam cachaça como forma de protestar contra Portugal. O próprio Tiradentes, personagem mais famoso do movimento, teria dito antes de ser enforcado: “Molhem a minha goela com cachaça da terra”. Seu irmão, o padre Domingos Xavier, fabricava cachaça em seu alambique (que ainda funciona no sul de Minas Gerais) e a servia nos encontros dos conspiradores.
Em 1817, a cachaça voltou a ser símbolo do nacionalismo, na Revolução Pernambucana, que promoveu um boicote aos produtos vindos de Portugal. A “aguardente da terra”, como era chamada, foi escolhida como bebida antilusitana. O padre João Ribeiro, um dos líderes do movimento, se recusava a brindar com bebidas européias. Optava pela cachaça.