Em 2023, na Itália, arqueólogos se depararam com a apelidada "tumba de Cérbero", que revelou fascinantes descobertas arqueológicas
Redação Publicado em 29/08/2024, às 19h00
Em 2023, arqueólogos fizeram uma instigante descoberta na Itália: a "Tumba de Cérbero". A tumba selada foi descoberta no ano passado em Giugliano, uma cidade na região de Nápoles, a cerca de 210 km ao sul de Roma, repercutiu a Smithsonian Magazine.
De acordo com um comunicado divulgado na época pela Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem de Nápoles, a tumba estava em um "estado perfeito de conservação" numa necrópole romana antiga.
Os arqueólogos deduziram, a partir do seu "design luxuoso", que a tumba foi provavelmente construída por uma família influente, conforme relatou o The Independent.
No interior, foi encontrado um esqueleto envolto em um sudário, cercado por diversos artefatos. Os especialistas acreditam que os restos mortais, datados de 2.000 anos, pertencem a um influente patriarca romano que viveu na antiga cidade de Liternum.
Os afrescos nas paredes e no teto da tumba não só retratavam Cérbero — o "Cão do Hades", guardião dos portões do inferno — mas também ictiocentauros, centauros marinhos com cabeças e torsos humanos, patas dianteiras de cavalo e caudas de peixe, conforme a Live Science. A tumba continha três altares pintados, equipados com vasos que outrora continham líquidos.
Durante a investigação da tumba, os arqueólogos utilizaram uma câmera miniatura para explorar um dos sarcófagos antes de escavá-lo. O esqueleto encontrado estava em posição supina — deitado de costas — em "excelente estado de preservação".
Além disso, foi revelado que o falecido estava coberto com um sudário danificado, que provavelmente não resistiu às condições climáticas das câmaras funerárias ao longo dos milênios.
Com os ossos, os pesquisadores encontraram frascos de vidro contendo perfumes e um estrígil — pequena ferramenta metálica usada pelos antigos gregos e romanos para raspar sujeira ou suor do corpo.
Como relatou Mariano Nuzzo, superintendente de arqueologia na Belas Artes e Paisagem de Nápoles, cientistas de múltiplas disciplinas passaram os últimos meses analisando amostras do sarcófago.
Um arqueólogo têxtil também estuda o tecido do sudário para determinar a origem do fio, enquanto um biólogo vegetal analisa o conteúdo dos recipientes de vidro. Até agora, os pesquisadores determinaram, mediante amostras de pólen, que os ocupantes da tumba foram tratados com cremes feitos com absinto e chenopódio. Esses perfumes podem ter sido usados para conservar os corpos.
Os resultados dos testes genéticos ainda são aguardados e poderão revelar mais sobre as origens e identidades da família do falecido. A superintendência espera que investigações arqueológicas contínuas revelem mais sobre a tumba e a necrópole em questão, revelando a história social do passado.
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