Repleto de traições e violências psicológicas, a luxuosa cerimonia de 1960, na verdade, escondia uma realidade trágica da irmã de Elizabeth II
Daniela Bazi Publicado em 30/10/2020, às 10h00
A princesa Margaret, irmã mais nova da rainha Elizabeth II, sempre esteve nas manchetes dos jornais com suas diversas polêmicas, principalmente voltadas a seus relacionamentos. No início da década de 1950, ocorreu o seu primeiro grande escândalo amoroso, quando se envolveu com o oficial da Força Aérea Real divorciado e 16 anos mais velho, Peter Townsend.
Quando anunciaram o noivado, revelaram que esperariam até a jovem princesa completar 25 anos para a realização da cerimônia, entretanto, isso nunca aconteceu. Para oficializarem sua união, Sua Alteza Real e seus descendentes perderiam os títulos reais, privilégios e o lugar na linha de sucessão ao trono. A separação entre os dois foi divulgada no dia 31 de outubro de 1955.
Com o fim de seu relacionamento, a filha do rei George VI voltou para sua antiga vida de muitos romances, festas, bebidas e cigarros. Em uma de suas aventuras, conheceu o fotógrafo Antony Armstrong-Jones e logo começaram a se envolver. O homem vivia um estilo de vida sem muitas regras e afastava a princesa de seus inúmeros protocolos e tradições impostos à família real.
Certa vez, acabou recebendo uma carta de seu ex-namorado e verdadeiro amor Peter Townsend, que havia sido enviado para trabalhar com a Força Aérea na baixada britânica em Bruxelas, onde dizia que havia se apaixonado por uma belga de apenas 19 anos e que o casal cogitava um casamento. Em questão de dias, Margaret também anunciou de que estaria noiva de Antony.
O perturbado matrimônio
O casamento ocorreu no dia 6 de maio de 1960 na Abadia de Westminster, sendo um dos primeiros a ser televisionado e contando com uma audiência de 20 milhões de pessoas. Armstrong-Jones recebeu o título de Conde de Snowdon, alterando também o de sua esposa, que se tornou Sua Alteza Real, a princesa Margaret, Condessa de Snowdon.
A relação resultou no nascimento de dois filhos: David, que nasceu em 1961, e Sarah, em 1964. Entretanto, a união estava longe de ser feliz e saudável. Antony não acreditava na monogamia e traía a princesa frequentemente, com diferentes homens e mulheres de forma simultânea. Para se ter ideia, ele acabava nem se preocupando em esconder seus casos.
Entre seus diversos romances, acabou engravidando Camila, uma de suas amantes. A mulher deu à luz a uma menina que foi chamada de Polly, e só foi reconhecida muitos anos depois. O conde também mantinha encontros com as atrizes Jacqui Chan e Gina Ward regularmente, além de se envolver intimamente com um casal de amigos, chamados Jeremy e Camille Fry. Lucy Lindsay-Hogg.
Margaret tinha conhecimento de todas as relações extraconjugais de seu marido e, apesar da vida de festas - e também o traindo -, vivia em profunda tristeza e não cogitava pedir divórcio devido a as estritas regras impostas a família real sobre o assunto.
Segundo o jornalista Craig Brown na biografia sobre a princesa Margaret Ma’am Darling: 99 Glimpses of Princess Margaret, Antony era um “esposo psicopata que atormentava Margaret deliberadamente”. Certa vez, deixou um recado para sua mulher em que dizia "Você parece uma manicure judia, e eu odeio você".
Em outra ocasião, quando estavam se preparando para ir a uma festa na casa do milionário Stavros Niarchos na Grécia, o conde teria pedido para a princesa utilizar um luxuoso vestido de gala. Ao chegarem no local, avistaram todos de jeans e sandálias. Jones colocou a culpa toda na herdeira e eles tiveram uma enorme e violenta discussão.
Como tentativa de se afastar por um tempo do trágico casamento, em 1976, Margaret viajou para sua ilha particular em Mustique, onde acabou conhecendo e se apaixonando pelo paisagista e aristocrata 17 anos mais novo, Roddy Llewellyn. Os dois acabaram sendo fotografados juntos e o caso foi exposto em todos os jornais da época.
A divulgação da traição foi o motivo que faltava para que Antony pedisse o divórcio. Assim, foram parar nas manchetes como primeiro casal real a se separar formalmente em 77 anos. Em 1978, foi anunciado de que o polêmico casamento havia realmente chegado ao fim.
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