Durante o conflito, a cadela de 2 quilos e 20 centímetros salvou a vida de um pelotão estadunidense
Victória Gearini Publicado em 21/12/2020, às 17h52
Em março de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, Smoky, uma pequena yorkshire terrier, foi encontrada em uma trincheira na Nova Guiné. O animal de apenas 2 quilos e 20 centímetros foi vendido por 7 dólares ao soldado William “Bill” Wynne. A partir disso, a encantadora cadela passou a participar de diversas missões do Exército dos Estados Unidos.
A yorkshire heroína
Ao lado de seu dono, Smoky participou de 12 operações — quase sempre levada na mochila de Wynne. A dupla fez inúmeros voos de reconhecimento, resgates e até mesmo saltos de paraquedas. No entanto, a cadelinha tornou-se uma verdadeira heroína durante a expedição ao Golfo de Lingayen, ilha de Luzón, no norte do arquipélago das Filipinas.
Na ocasião, o sistema de comunicação entre os pelotões havia sido comprometido devido aos danos causados pelos intensos ataques das tropas japonesas. Para instalar um fio de telégrafo e realizar o conserto, mais de duas centenas de soldados precisariam cavar um túnel abaixo da pista de pouso.
A missão era arriscada, pois o trabalho demoraria pelo menos três dias para ser completado, deixando os oficiais vulneráveis para ataques de inimigos. Como a transmissão de mensagens estava danificada e o seu reparo era arriscado, Smoky foi considerada a solução mais viável pelo Exército.
Neste momento, tiveram a ideia de amarrar o fio de telégrafo na coleira do animal, que atravessou um bueiro de 21 metros de comprimento por 20 centímetros de diâmetro. Do outro lado, Wynne a esperava, possibilitando que o sistema de comunicação fosse restaurado.
Em questão de poucos minutos, a cadela salvou cerca de 250 soldados norte-americanos, que iriam arriscar suas vidas durante as escavações ao ar livre para restaurar a comunicação. Além disso, a pequena heroína possibilitou que mais de 40 aviões de combate e de reconhecimento continuassem operando.
Pós-guerra e sucesso
Assim que voltou para os Estados Unidos, Wynne a levou para o país, onde fizeram inúmeras apresentações, tornando-se celebridades. Além de ter salvado a vida dos soldados, a cadelinha demonstrava outras habilidades, como conseguir andar com os olhos vendados em uma corda fina.
Infelizmente, em decorrência da idade avançada, Smoky veio a falecer no dia 21 de fevereiro de 1957, aos 14 anos de idade. Seu pequeno corpo foi enterrado em uma caixa de munições da Segunda Guerra Mundial e sepultado na reserva Rocky River, em Cleveland.
Mais tarde, a cadela celebridade foi homenageada por veteranos de guerra, que construíram um monumento em seu túmulo. Nos anos seguintes, as Forças Armadas dos Estados Unidos condecoraram Smoky, a tornando a mascote de guerra mais aclamada da História.
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