Round 6: Existe uma história real por trás da série da Netflix?

A segunda temporada de "Round 6", sucesso da Netflix ao redor do mundo, tem a estreia marcada para o próximo dia 26 de dezembro, apresentando novas reviravoltas e uma trama eletrizante.

A narrativa se desenrola três anos após a vitória de Gi-hun (interpretado por Lee Jung-jae) no aterrorizante jogo conhecido como Squid Game.

O primeiro episódio, intitulado "Bread and Lottery" (Pão e Loteria), promete um enredo repleto de suspense e tensão, com mais sete episódios programados para continuar a história sombria que cativou o público.

De acordo com Hwang Dong-hyuk, o criador da série, novos jogos farão parte dessa temporada, além de questões pertinentes sobre discriminação social, desigualdade de classes e divergências políticas.

Uma novidade será a introdução de votações após os desafios, o que promete acrescentar uma camada adicional de complexidade à trama.

A primeira temporada acompanhou Gi-hun em sua luta desesperada por uma solução financeira para seus problemas pessoais. Enfrentando dívidas com agiotas e a necessidade urgente de custear uma cirurgia para sua mãe, ele aceita participar do jogo mortal com a esperança de conquistar um prêmio que poderia mudar sua vida.

Mais de 400 competidores se juntam a ele, mas logo descobrem que apenas um pode sair vivo.

"Round 6" é uma obra que trouxe uma nova perspectiva ao gênero de sobrevivência, estabelecendo-se como uma referência entre sucessos como "Jogos Vorazes", "Maze Runner" e "Battle Royale".

A singularidade da série reside na combinação de brincadeiras infantis com consequências mortais, criando um contraste perturbador que fascina os espectadores.

Ficção

Fato é que "Round 6" é fruto da ficção e não se baseia numa história real, no entanto, Hwang Dong-hyuk revelou que suas inspirações vieram não apenas da fantasia, mas também da realidade vivida por muitos.

Em declarações à Variety, ele compartilhou como suas experiências pessoais e sua paixão por quadrinhos e animações influenciaram sua criação.

"Admito francamente que tive grande inspiração dos quadrinhos e da animação japonesa ao longo dos anos", explicou ele. "Quando eu comecei, eu também estava em apuros financeiros e passava muito tempo em cafés lendo quadrinhos, incluindo ‘Battle Royale’ e ‘Liar Game’".

O criador optou por usar jogos infantis tradicionais como base para os desafios da série. Ele afirmou que isso ajudou a construir uma conexão emocional entre os personagens e o público.

O jogo da lula, um dos elementos centrais da trama, é uma lembrança nostálgica da infância do diretor e representa as complexidades sociais atuais.

“O jogo da lula é uma brincadeira que eu costumava jogar quando criança no pátio da escola ou nas ruas do bairro”, explicou ao RadioTimes. “Esta é uma história sobre pessoas que jogavam este jogo quando crianças e voltaram a jogar quando adultos", destacou. "Eu senti que ele poderia ser o jogo infantil mais simbólico que poderia representar o tipo de sociedade em que vivemos hoje. ”