Apesar de serem primas, as duas monarcas viveram uma trajetória de muitos embates — o que culminou na prisão de uma delas
Joseane Pereira Publicado em 28/08/2020, às 09h00
O relacionamento entre as primas Maria da Escócia e Elizabeth I estava longe de representar uma aliança familiar, era algo muito mais tempestuoso e cruel. Enquanto a primeira foi Rainha da Escócia entre 1542 e 1567, a segunda foi Rainha da Inglaterra e Irlanda de 1558 até sua morte, em 1603 — sendo a quinta e última monarca da dinastia Tudor.
Parentesco Conturbado
Surpreendentemente, as duas primas tinham seus conflitos à distância, por meio de cartas e maquinações políticas. Maria tinha o direito legítimo de ser a sucessora de Elizabeth no trono da Inglaterra, embora essa tenha decidido que não era uma boa ideia. “Se meu sucessor fosse conhecido, eu nunca estaria em segurança suficiente”, afirmou Elizabeth certa vez. Ou seja, aliados de Maria poderiam ameaçá-la para que a prima tivesse o trono rapidamente.
Vista como uma ameaça, Maria passou a ser vigiada sem saber, pois a pedido de sua prima ela se casou com Sir Robert Dudley, o conde de Leicester. Na ocasião, Elizabeth teria afirmado: “O conde de Leicester é meu irmão e melhor amigo. Eu teria me casado com ele, mas decidi permanecer virgem. Por isso, recomendo vivamente o conde a minha prima da Escócia. De fato, se ela se casasse com Leicester, eu consideraria favoravelmente sua reivindicação à sucessão inglesa”.
Boatos rondavam a relação entre Elizabeth e Robert Dudley, inclusive a ideia de que eles eram amantes. E, com o casamento, ela teria total controle sobre as ações e pensamentos da prima e rival. Percebendo a trama, Maria rejeitou a proposta e se casou com seu primo, o lorde Danley — amante abusivo que morreu tempos depois. Suspeita de matar o esposo, Maria foi perseguida e, escapando para a Inglaterra, acabou sendo jogada na prisão pela prima.
Maria ficou aprisionada por longos 19 anos. Embora seus apoiadores fizessem rebeliões para soltá-la, tudo foi em vão: no dia 8 de fevereiro de 1587, aos 44 anos, Maria foi executada no castelo Fotheringhay.
Segundo relatos, em seu leito de morte Elizabeth teve visões de Maria e chorou de arrependimento pela execução da prima. E, ironicamente, ela acabou sendo substituída pelo filho de Maria, Jaime, que governou Inglaterra e Escócia até sua morte em 1625.
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