Príncipe Edward ainda bebê no colo de Elizabeth - Divulgação/Cecil Beaton
Família Real

Príncipe Edward, o filho caçula — e não tão conhecido — de Elizabeth II

O fruto mais novo da monarca vive longe das polêmicas que cercam a família real e preferiu trilhar um caminho diferente

Penélope Coelho Publicado em 15/01/2021, às 17h00

Dos quatro filhos da Rainha da Inglaterra com seu marido príncipe Philip, o nome Edward Antony Richard Louis é o menos comentado. Talvez porque seus irmãos tenham encontrado diferentes formas de se destacar: Charles é o primogênito, e primeiro na linha de sucessão para se tornar rei; Anne, é a única mulher e Andrew tem seu nome envolvido em diversos escândalos.

O último filho da monarca, no entanto, leva um estilo de vida bem diferente de seus irmãos, sendo o único deles que nunca passou por um divórcio. Sensível e com alma de artista, o conde de Wessex tem um jeito único de fazer a diferença na realeza britânica.

Anos iniciais e carreira militar

Nascido em 10 de março de 1964, no Palácio de Buckingham, em Londres, acredita-se que Edward nunca tenha se preocupado com a possibilidade de ser rei. Quando o menino veio ao mundo, ele já estava longe na linha de sucessão e sabia que as probabilidades de chegar ao trono eram baixas.

Suas notas na escola não eram as melhores, o menino costumava tirar C e D, quando o esperado para um membro da família real era um A. Depois de se formar na escola, o nobre foi passar um tempo na nova Zelândia — onde viveu um período sabático.

Quando voltou para a Inglaterra, decidiu estudar em Cambridge, no entanto, se formou com notas regulares. Depois de sair da universidade, Edward pensou em seguir a carreira militar, por influência de seu irmão Andrew. Acontece que essa não era a verdadeira vocação do príncipe.

Edward no Afeganistão em 2011/ Crédito: Wikimedia Commons

 

Em 1986 o conde de Wessex iniciou seu trabalho ao lado dos fuzileiros navais reais, entretanto, pouco tempo depois, em janeiro do ano seguinte, ele já havia abandonado a profissão. Era um marco difícil na vida do príncipe, já que a imprensa não deixou o acontecimento passar em branco. O homem foi chamado de fraco, além de ter sido alvo de diversas críticas.  

Casamento e vida artística

Após esse episódio traumático em sua vida, o filho mais novo da rainha decidiu que era hora de seguir sua verdadeira vocação. Porém, tudo começou como uma brincadeira. Na comemoração de 60 anos de Elizabeth II, Edward encomendou para a mãe o musical Cricket, escrito por Andrew Lloyd Webber e Tim Rice.

Percebendo o entusiasmo do príncipe, os produtores chamaram a Sua Alteza Real para trabalhar como assistente de produção em musicais. Finalmente, o conde de Wessex havia se encontrado.

O homem participou de grandes espetáculos como: O Fantasma da Ópera e Cats. Ainda na carreira artística, começou a gerir uma produtora em 1993. A empresa, intitulada Ardent Productions, foi responsável pela produção de diversos documentários. No entanto, essa ideia do príncipe não foi muito bem recebida no Reino Unido e acabou fazendo mais sucesso nos Estados Unidos.

No meio dessa empreitada, a vida profissional e amorosa do nobre estava melhor do que nunca. Edward conheceu sua futura esposa Sophie Rhys-Jones, a Condessa de Wessex, em 1994.

O conde e condessa de Wessex em 2013 / Crédito: Wikimedia Commons

 

Eles casaram em 19 de junho de 1999, na capela de São Jorge, no castelo de Windsor, a cerimônia foi simples se comparada à de seus irmãos. O casamento de Sophie e Edward se deu em um momento de confusão na realeza, alguns anos depois da morte de Diana e por isso, não teve visibilidade na mídia.

Os dois estão juntos até hoje e a relação rendeu frutos: os filhos Louise e James Windsor. O casamento parece ser feliz e estável, sem o envolvimento de nenhum escândalo, como é comum em sua família.

Papel na monarquia

Em 2002, Edward abandonou sua carreira artística para dedicar-se inteiramente as suas funções na realeza. Atualmente, o homem ocupa o 11º lugar na linha de sucessão ao trono britânico — e assumiu os deveres reais de seu pai, que se aposentou em 2017.

Algo que chama atenção em sua vida é a boa relação que o casal mantém com a Rainha, alguns tabloides britânicos assumem que Sophie é a nora favorita de Elizabeth II. Um dos maiores feitos do conde e sua esposa foi a criação da fundação The Wessex Youth Trust. A instituição tem o intuito de ajudar crianças e jovens necessitados em todo o mundo, eles continuam empenhados nos trabalhos de caridade até os dias de hoje.

Aos 56 anos, o Conde de Forfar — título que recebeu recentemente da rainha —, continua mantendo sua fama de homem calado, porém, cumpre com eficiência sua função na família real, sempre obedecendo à soberana, que ele também pode chamar de mãe.


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