Antes de assumir o cargo de Dilma Rousseff em 2016, ele já ocupava o Palácio do Jaburu, dedicado aos vices
Redação Publicado em 06/11/2022, às 07h00 - Atualizado em 24/11/2022, às 18h49
Em 2016, Michel Temer assumia a presidência do Brasil em meio a um conturbado processo de deposição que resultou no afastamento de Dilma Rousseff do cargo máximo do Poder Executivo. O político era o vice na chapa que a reelegeu em 2014, assumindo o cargo e iniciando os preparativos para os próximos dois anos restantes de governo, antes da eleição seguinte.
Com a titularidade da chefia de estado, o jurista deveria abandonar a residência dedicada aos vices, o Palácio do Jaburu, e ocupar a residência oficial da presidência, o Palácio da Alvorada. Com uma distância de pouco mais de 2 quilômetros, os locais são próximos e privados, contando com um forte esquema de segurança.
Devido ao fato de presidentes não terem férias, Temer optou por descansar e viajar durante o recesso judiciário e só realizar sua mudança em fevereiro de 2017, ordenando uma reforma para recebê-lo junto a esposa, Marcela Temer. Contudo, se engana quem acredita que a adaptação ao mais importante palácio político do país ocorreu logo após o retorno do casal a Brasília.
Com pouco menos de um mês da conclusão das reformas, o casal desistiu de habitar o Palácio da Alvorada, decidindo usar o edifício apenas para atividades de trabalho como presidente, realizando coletivas de imprensa, eventos e recepcionando figuras diplomáticas.
Antes do deslocamento, é necessário entender o histórico de Temer em Brasília; ele já ocupava o Palácio do Jaburu com a esposa desde 2011, quando tomou posse como vice-presidente. Desde então, a residência, às margens de um lago, esteve fora dos holofotes midiáticos que o Alvorada ostenta desde sua construção, em 1957.
Com a mudança, a perda de tal privacidade adquirida para a família e, especialmente, a presença do filho mais novo, Michelzinho, resultou no retorno para o Jaburu. Além disso, o palácio de vice não apenas estaria livre, visto que Temer não tinha vice eleito, mas conta com uma estrutura menor e mais intimista.
De acordo com o portal de notícias G1 na época da mudança, o fato chegou a ser enaltecido pela assessoria da Presidência, deixando claro que o perfil mais residencial atraiu o retorno do casal. Contudo, as reformas foram especificadas apenas como "serviços de manutenção e reparos", incluindo "pintura geral do prédio, salas, pisos e reparos em armários".
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