O cantor John Lennon - Getty Images
John Lennon

As palavras finais de John Lennon, segundo homem que testemunhou o crime

Astro dos Beatles foi tragicamente assassinado no dia 8 de dezembro de 1980; relembre o que foi revelado em documentário

Thiago Lincolins Publicado em 27/12/2024, às 16h00

Em 8 de dezembro de 1980, John Lennon, então com 40 anos, estava retornando para casa ao lado de Yoko Ono após uma sessão de gravação no Record Plant Studio. No local, foi abordado por um homem, que disparou contra o astro dos Beatles.

No documentário "Lennon: Murder Without a Trial", testemunhas relataram momentos angustiantes após os disparos. Jay Hastings, um funcionário do prédio onde Lennon morava, lembrou-se das últimas palavras do cantor: "levei um tiro", enquanto tentava prestar socorro.

Testemunhas

"Ele passou correndo por mim e disse: 'Levei um tiro'. Tinha sangue saindo de sua boca. Ele caiu no chão. Eu o virei de costas, tirei os óculos e coloquei-os sobre a mesa. Yoko estava gritando: ‘Chame uma ambulância, chame uma ambulância, chame uma ambulância!'", disse Hastings

Richard Peterson, um taxista que presenciou o crime, relatou ter visto Lennon sendo atingido enquanto entrava no prédio e descreveu o pânico que se seguiu: "Ele era um cara grande... De repente, ele foi atingido. Este cara acabou de atirar em John Lennon." Lennon foi declarado morto ao chegar ao Hospital Roosevelt, após receber quatro tiros.

A narrativa do assassinato e as reflexões de Mark Chapman, o criminoso, foram trazidas à tona pela série documental Apple TV+, que inclui trechos do próprio assassino comentando suas motivações.

O astro John Lennon - Getty Images

 

Quem matou John Lennon?

Em uma tentativa de justificar seus atos, Chapman aludiu à famosa música dos Beatles: "All You Need Is Love", afirmando sarcasticamente que a verdadeira mensagem é que tudo que se precisa é amor e uma fortuna de US$ 250 milhões.

Ele também revelou ter se inspirado no livro O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger, onde o protagonista Holden Caulfield despreza a falsidade.

Chapman se declarou culpado pelo homicídio em segundo grau e recebeu uma sentença de prisão perpétua. Desde então, ele já teve sua liberdade condicional negada 12 vezes.

Atualmente, encontra-se cumprindo pena na Wende Correctional Facility em Alden, Nova York. Em seus depoimentos, ele reconheceu ter sido um fã fervoroso dos Beatles e revelou ter planejado o assassinato por três meses antes do crime.

Em uma audiência realizada em 2020, Chapman expressou seu arrependimento e reconheceu a gravidade de seu crime. Ele afirmou que cometeu o ato para "glória" e admitiu que merecia a pena de morte, refletindo sobre o impacto devastador de suas ações. O criminoso declarou que carrega constantemente a lembrança do "ato desprezível".

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