Em 1943, o caos que tomava a Itália levou à deposição do ditador fascista, levando ao poder um velho militar com histórico de crimes de guerra
André Nogueira Publicado em 23/02/2020, às 10h00
Quando os Aliados invadiram a Itália, via Sicília, os dias de Mussolini estavam contados. O líder fascista já vinha sofrendo grandes derrotas militares e, quando o país foi ocupado, foi ordenada a prisão dele por Vittorio Emanuelle II, antes do Duce fugir para a fundação da República de Salò. Nesse momento, assumiu o militar Pietro Badoglio
Badoglio foi um nome de um comando mais clássico do Exército Italiano, ligado à monarquia e ao colonialismo. Era Duque de Adis Abeba por sua centralidade na invasão da Etiópia, onde cometeu vários crimes de guerra.
Em 1943, com a Itália praticamente já derrotada, ele foi o nome cotado e apontado pelo rei como substituto no cargo de primeiro-ministro.
Mussolini, sem capital político, sofria revés de dois lados: no interior do partido, Dino Grandi pressionava a demissão do Duce por incompetência, e nas Forças Armadas, Vittorio Ambrosio pretendia retirar aquele atraso do poderio bélico que representava o governo fascista.
Com a tramitação da demissão de Mussolini, Badoglio começou a se reunir com as alas em atrito com o ditador, para transmitir a vontade de assumir seu cargo. Como ele era muito relacionado com o rei, a posição e a vontade do monarca eram essenciais para que o marechal assumisse qualquer opinião pública.
Então, naquele ano, acordaram em colocar Badoglio no poder com um projeto de continuidade da Guerra e fim das negociatas de governo.
Após uma humilhante reunião ocorrida em 19 de julho, em que Hitler expôs a incompetência militar da Itália que a levou ao quase colapso, ficou decidido entre o Estado-Maior italiano que Mussolini teria de sair, e Badoglio era o nome mais cotado, seguido de Caviglia.
Então, a deliberação foi entendida pelo Grande Conselho Fascista, que declara Mussolini deposto e entrega seu cargo de primeiro-ministro a Badoglio e o comando das Forças Armadas, que tinha Ambrosio como maior representante, ao rei Vittorio Emanuelle.
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