Um dos maiores nomes da história do cinema, caixão de Charlipe Chaplin foi roubado de cemitério dois meses após o funeral
Redação Publicado em 26/08/2024, às 20h00
Em 1º de março de 1978, o caixão do lendário cineasta Charlie Chaplin desapareceu, dois meses após seu enterro em Corsier-sur-Vevey, na Suíça. Chaplin, nascido em Londres, havia se mudado para a Suíça em 1953 com sua esposa e filhos. Ele faleceu no dia de Natal de 1977, aos 88 anos.
Chaplin era uma figura icônica do cinema mudo, famoso por filmes como "O Garoto", "Em Busca do Ouro" e "Luzes da Cidade". Nos filmes falados, destacam-se "Tempos Modernos", "O Grande Ditador" e "Monsieur Verdoux". A ousadia do roubo do caixão é lembrada até hoje como um dos mais audaciosos casos de violação de túmulo.
Após o desaparecimento do caixão, Oona Chaplin, esposa de Charlie, recebeu uma demanda de resgate no valor de 600.000 dólares. Conforme relatado pelo History Channel Internacional, a polícia passou a monitorar linhas telefônicas na região e conseguiu prender dois homens: Roman Wardas e Gantscho Ganev. Eles levaram as autoridades ao campo onde enterraram o caixão.
Segundo um relatório do The Guardian datado de 12 de dezembro de 1978, Wardas era um jovem refugiado polonês e mecânico de automóveis. Ele declarou ao tribunal que participou do roubo devido a dificuldades financeiras.
"Decidi esconder o corpo de Charlie Chaplin para resolver meus problemas", afirmou Wardas, conforme repercutido pelo The Independent. Ele contou com a ajuda de Ganev, um amigo que também enfrentava dificuldades financeiras.
Ganev relatou ao tribunal que havia sido preso na Bulgária ao tentar fugir para a Turquia, mas conseguiu escapar para o Ocidente e encontrar trabalho como mecânico em Lausanne. Wardas foi condenado a quatro anos e meio de trabalhos forçados pelo roubo, enquanto Ganev recebeu uma sentença suspensa de 18 meses.
Eugene Chaplin, filho do ator, lembrou-se do momento em que a família soube do roubo: "Recebemos uma ligação da polícia dizendo que alguém havia desenterrado o túmulo", disse ele ao The Independent. "O caixão sumiu. Foi algo horrível — especialmente na Suíça, onde tudo é tão tranquilo."
A esposa de um dos ladrões chegou a escrever para Oona pedindo perdão pelas ações do marido. "Minha mãe respondeu dizendo: 'Olhe, não tenho nada contra você e está tudo perdoado'", contou Eugene.
Anos depois, em 2014, o incidente inspirou o filme francês "O Preço da Fama", dirigido por Xavier Beauvois e estrelado pelo ator e comediante belga Benoît Poelvoorde. Conforme reportado pelo The Independent naquele ano, Eugene Chaplin, filho de Charlie e Oona, juntamente com sua neta Dolores, participaram da produção.
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