Silvia da Suécia, que é casada com o rei Carl 16 Gustaf, passou a maior parte da infância em São Paulo
Redação Publicado em 29/05/2022, às 12h16
Muitos não sabem, mas a rainha Silvia da Suécia, quem é casada com o rei Carl 16 Gustaf, possui origens brasileiras. Nascida em Heidelberg, na Alemanha, em 1943, ela é filha de um alemão com uma brasileira e chegou, inclusive, a viver no Brasil durante a infância.
Hoje, aos 78 anos, ela tem três filhos: a princesa Victoria, quem é herdeira do trono sueco, o príncipe Carl Philip e a princesa Madeleine.
No entanto, o passado de sua família foi marcado por um fato inaceitável: seu pai, o empresário Walther Sommerlath, foi membro do Partido Nazista.
De acordo com informações da BBC, Sommerlath veio ao Brasil no ano de 1920 e, aqui, conheceu Alice Soares de Toledo, com quem se casaria.
Mais tarde, em 1934, entrou para o Partido Nazista, retornando ao país de origem quatro anos depois. Lá, teria assumido o controle de uma fábrica que antes pertencia ao judeu Efim Wechsler, como parte do programa de arianização do governo.
Depois da Segunda Guerra Mundial, em 1947, a família retornou ao Brasil já com Silvia, que tinha quatro anos de idade na época. Eles viveram em São Paulo por uma década, até que decidiram voltar para a Alemanha.
Silvia conheceu seu marido no ano de 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, quando ela trabalhava como intérprete, e se casou com ele 1976. Walther, cujo segredo até então não havia sido revelado publicamente, participou da cerimônia. A verdade veio a surgir somente dez anos após sua morte, já em 1990.
Em 2011, a rainha anunciou que historiadores fariam uma pesquisa para revelar detalhes sobre o passado do pai. Contudo, ela afirmou que ele ''não era politicamente ativo'' e tinha sido forçado a se associar ao partido. "(O nazismo) era uma máquina, se você protestava, estaria lutando contra toda uma máquina", disse Silvia na época.
Quando questionada sobre o que teria levado o pai a voltar à Alemanha justamente no auge do nazismo, a monarca respondeu: ''Você precisa se colocar na psicologia da época. A Alemanha estava se levantando das cinzas. A alegria em notar que a terra-mãe estava lá novamente de repente, convenceu meu pai a apoiar a Alemanha e a ingressar no partido''.
Terminada a investigação, um relatório, assinado pelo historiador Erik Norberg, concluiu que Sommerlath ajudou o proprietário judeu Efim Wechsler a fugir da Alemanha, uma vez que teria trocado a fábrica dele por uma plantação de café no Brasil.
Na época, a afirmação, contudo, não convenceu o grupo American Gathering of Holocaust Survivors and Their Descendents (sobreviventes do Holocausto e seus descendentes), que apontaram que a pesquisa não foi realizada de forma independente, já que um primo da rainha Silvia teria participado da mesma.
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