'À Espera de um Milagre' foi lançado em 1999 e sua narrativa já arrancou lágrimas de muita gente ao longo das décadas; mas é inspirado em uma história real? Confira!
Éric Moreira Publicado em 05/04/2024, às 13h06 - Atualizado em 25/08/2024, às 10h11
Quando se trata de provocar emoções no espectador, o cinema provavelmente é uma das vertentes da arte mais poderosas. Seja medo, tensão, esperança, emoção ou tristeza, não é incomum que as pessoas expressem sentimentos quando vejam algumas obras em específicas e, até mesmo, podem levar os espectadores a chorar. E poucos filmes foram capazes de arrancar tantas lágrimas quando 'À Espera de um Milagre'.
"O carcereiro Paul Edgecomb tem um relacionamento incomum e comovente com um preso que está no corredor na morte: John Coffey, um negro enorme, condenado por ter matado brutalmente duas gêmeas de nove anos. Ele tem tamanho e força para matar qualquer um, mas seu comportamento é completamente oposto à sua aparência. Além de ser simples, ingênuo e ter pavor do escuro, ele possui um dom sobrenatural. Com o passar do tempo, o carcereiro aprende que, às vezes, os milagres acontecem nos lugares mais inesperados", narra a sinopse.
Ambientado em um presídio no sul dos Estados Unidos na época da Grande Depressão — ou seja, em um cenário e contexto extremamente racistas —, não se espera que o "milagre" ao qual o nome do filme faz menção seja a soltura de Coffey, que não cometeu o crime pelo qual foi acusado. Assim, no final, podemos ver sua morte devastadora na cadeira elétrica.
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Com uma narrativa tão emocionante, surge a seguinte dúvida: a história de John Coffey e de 'À Espera de um Milagre' é inspirada em um evento real? Confira!
Logo de cara, é possível adiantar que 'À Espera de um Milagre' é inspirado, antes de qualquer coisa, no livro homônimo escrito por Stephen King e publicado originalmente em 1996.
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Aqueles que conhecem o autor, conhecem algumas de suas obras mais famosas, que incluem livros (e filmes) como 'O Iluminado', 'It - A Coisa' e 'Cemitério Maldito'. Em outras palavras, a especialidade de King está mais para o terror que para contar histórias reais.
No entanto, é inegável que a história retratada na trama, de um homem negro encarcerado em um estado extremamente racista e sentenciado à morte, remeta a um evento real, que envolve um garoto de apenas 14 anos, explica o ScreenRant.
George Junius Stinney Jr. foi um jovem americano que, com apenas 14 anos, foi condenado por matar e agredir sexualmente duas meninas brancas em 1944 — uma década depois de quando se passa o filme —, na cidade de Alcolu, Carolina do Sul.
Seu caso chocante culminou em sua execução na cadeira elétrica de maneira bastante rápida, no mesmo ano em que se deu sua prisão e julgamento. Porém, sua verdadeira participação ou não no crime só seria investigada muitos anos depois, quando também se provaria que o garoto teria sido, na verdade, inocente das acusações. No entanto, é necessário frisar que Stephen King nunca falou sobre uma suposta inspiração.
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