Febre no Brasil e ao redor do mundo, os copos Stanley carregam uma história curiosa, que começa em 1913, mais de 100 anos
Éric Moreira Publicado em 05/03/2024, às 17h15 - Atualizado em 06/03/2024, às 10h03
Atualmente entre os produtos mais queridos do público jovem e adulto estão os copos e garrafas térmicas Stanley, que prometem — e cumprem — manter nossas bebidas geladas por mais tempo. Porém, o que parece um fenômeno recente, na verdade, já é uma marca popular há mais de um século!
William Stanley Jr. foi um físico americano que registrou, ao longo de sua vida, a patente de vários produtos no campo da engenharia elétrica, como circuitos, bobinas de indução e peças de lâmpadas incandescentes. Porém, o que, de fato, marcaria seu nome na História foi a patente de uma garrafa térmica em 1913, que serviu como pontapé para uma nova era de produtos do tipo.
Nessa época, vale dizer, recipientes térmicos — que isolam o líquido a vácuo do ambiente externo para preservar sua temperatura — já existiam, entretanto, eram geralmente feitos de vidro e bastante frágeis. Porém, Stanley decidiu mudar esse cenário criando um produto mais resistente, feito de metal, resultando na criação da companhia que carrega seu nome.
No começo, segundo a Super Interessante, o público alvo geral da companhia eram homens, devido, por exemplo, a robustez do novo produto, que atraiu muitos trabalhadores da construção civil. Depois, ela também foi vendida para aviadores e soldados na Segunda Guerra Mundial. A marca ainda seria associada aos amantes de trilhas.
Antes de ser o sucesso que acompanha até hoje, com sua popularização entre influenciadores e usuários do TikTok, a marca até mesmo enfrentou risco de ir à falência.
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Em 2016, porém, a empresa decidiu redesenhar seus produtos, mudando o visual consagrado das garrafas térmicas, adicionando uma alça grande e uma base estreita, que permitia colocá-las em porta-copos, além de um canudo.
E, foi assim que surgiu o Stanley Quencher, um "super" copo Stanley, que foi inicialmente vendido em cinco opções de cores.
Nessa época, vale mencionar, a empresa já produzia também copos térmicos sem tampa, também feitos de metal. Porém, o Quencher foi o responsável por um grande aumento no faturamento da empresa, que subiu de US$ 70 milhões em 2019 para US$ 750 milhões em 2023.
No entanto, antes dos números aumentarem tanto, a garrafa não foi um sucesso imediato, e quase levou a empresa à falência em 2019. Embora aqueles que tenham adquirido o produto o tenham aprovado, ele não caiu no gosto do público geral.
Então, em 2020, o ex-chefe de marketing da Crocs, Terence Reilly, assumiu a presidência da Stanley. Graças a sua experiência com os populares — e também esnobados — calçados de borracha, ele decidiu que seria ideal mudar o público-alvo da empresa.
Foi, então, que as cores discretas dos produtos companhia acabaram ignoradas, e começaram a ser produzidos copos mais coloridos. Além disso, com parceria com influenciadoras digitais, um novo público foi alcançado: as mulheres.
No começo, a ideia não agradou muitos dos executivos da Stanley, que temiam que o distanciamento do produto original pudesse afetar nas vendas. Porém, as novas cores se provaram uma decisão certa: apenas três semanas após o lançamento, em novembro de 2020, os novos modelos se esgotaram, e o sucesso se repetiria nos anos seguintes.
Atualmente com mais de dez milhões de unidades vendidas, o modelo Quencher já desbancou a tradicional e clássica garrafa térmica como o produto mais bem-sucedido da empresa.
Os copos se tornaram não só utensílios do dia a dia, mas também itens fashion, com o interesse por personalizações, cores e design exclusivos. Assim, a empresa centenária de William Stanley Jr. superou as adversidades, e se mostra um sucesso até hoje.
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