Aplausos e grito pedindo 'cadeia': O retorno de Bolsonaro ao Brasil, após 89 dias nos EUA

Vivendo nos EUA desde o fim das eleições presidenciais, que marcaram sua derrota, Jair Bolsonaro, ex-presidente, voltou ao Brasil nesta quinta-feira, 30. Após mais de 80 dias em território norte-americano, Bolsonaro foi recebido no avião com aplausos e até mesmo ouviu um grito que pedia sua prisão. 

Ele desembarcou às 6h38 em Brasília. Antes da partida, a Folha de S.P repercute que Bolsonaro foi recebido por apoiadores no aeroporto de Orlando. Na aeronave, sentou em uma área isolada.

Ao ser entrevistado pela CNN em Orlando, falou sobre a polêmica que envolve as joias dadas pelo governo da Arábia Saudita e destacou que os itens de valor foram cadastrados. 

“Se houvesse má fá por parte de alguém, não teria sido cadastrado. (…) Nada foi escondido. Se a imprensa divulga, é porque tem um cadastro dizendo que foi recebido”, disse Bolsonaro. O ex-presidente também disse que os objetos de valor estão 'à disposição'.

Ainda sobre os outros pacotes que foram enviados pela Arábia Saudita e recebidos por Bento Albuquerque, agora ex-ministro de Minas e Energia, em 2021, Jair Bolsonaro declarou que só soube depois dos itens. 

"Deixo bem claro: em 2021, um ministro nosso foi na região (sic) da Arabia Saudita e ganhou dois presentes, um pra mim, um pra primeira-dama. O pra mim, tomei conhecimento no final do ano passado que tinha chegado. A primeira-dama (sic) ficou na alfândega. Ela tomou conhecimento, e eu também, pela imprensa", disse ele. 

Líder da oposição?

Durante a conversa, Bolsonaro também disse que não vai ser o líder da oposição e citou sua experiência na política.  

“Não vou liderar nenhuma oposição. Vou participar com meu partido, como uma pessoa experiente, 28 anos de Câmara, quatro de presidente, dois de vereador e quinze de Exército, para colaborar com o que eles desejarem, como a gente pode se apresentar para manter o que tiver de ser mantido e mudar o que tiver de ser mudado", disse o ex-presidente.