O pesquisador e escritor Paulo Rezzutti resgatou detalhes curiosos sobre a vida da imperatriz Sissi, que fascina diferentes gerações
Isabelly de Lima Publicado em 06/03/2024, às 18h00 - Atualizado em 24/11/2024, às 10h47
Elisabeth da Áustria, mais conhecida como Sissi, teve uma vida que mesclou conto de fadas e realidade complexa. Nascida em 1837, parte de uma família da realeza bávara, a jovem de beleza estonteante se casou aos 16 anos com o imperador Francisco José I da Áustria, tornando-se imperatriz.
A vida na corte austríaca era rígida e formal, o que gerou atritos com a personalidade livre e espirituosa de Sissi. Ela buscava refúgio na poesia, equitação e natureza.
A personagem que fascina gerações chamou atenção com o lançamento da série ‘A Imperatriz’, da Netflix, que foi um sucesso em 2021. A produção, entretanto, reimagina a história de Sissi, combinando drama, romance e intriga política.
Com a popularidade de Sissi, o pesquisador e escritor Paulo Rezzutti, co-autor de ‘Sissi e o último brilho de uma dinastia: Uma breve história não contada dos Habsburgos’, respondeu ao Aventuras na História algumas das principais perguntas pesquisadas no Google sobre a imperatriz. Confira a lista abaixo:
De acordo com o escritor, Elisabeth nunca foi chamada de Sissi em vida. Quando bebê, seu apelido era Lisi, entretanto, ela tinha dificuldade em pronunciar a palavra. Ao invés disso, ela dizia Zízi, que acabou utilizada pelos mais íntimos durante a infância.
"Nem mesmo os amigos de fora desse círculo mais interno usavam esse apelido, eles a chamavam de Elise. Esse apelido acabou alterado para Sissi em uma série de filmes muito populares nos anos 1950, e essa forma entrou para o imaginário popular", destaca Paulo.
O autor explica que “Sissi” teve quatro filhos: “Sofia, que faleceu aos dois anos de idade; Gisela, que se casou com o príncipe Leopoldo da Baviera, seu primo em segundo grau; Rodolfo, o herdeiro do trono, que morreu em circunstâncias suspeitas, aparentemente um suicídio, em 1889; e Maria Valéria, sua favorita, que também se casou com um primo afastado, o arquiduque Francisco Salvador da Áustria”.
O marido de Sissi, o imperador Francisco José, não voltou a se casar. Após sua morte, ele foi sucedido por seu sobrinho Carlos, que era casado com a princesa Zita de Parma. Zita fora a última imperatriz da Áustria, explica Rezzutti.
Em vida, Sissi ficou conhecida por sua aparência extraordinária: era considerada uma das mulheres mais bonitas e elegantes de seu tempo. Pelo casamento, motivado por amor, e não por aliança política, havia uma aura romântica em torno dela.
"Tudo isso ajudou a torná-la uma celebridade mundial, cujas atitudes eram acompanhadas pela imprensa, não muito diferente do que aconteceu mais de um século depois com a princesa Diana", detalha o biógrafo da imperatriz.
A imperatriz foi assassinada em Genebra pelo anarquista Luigi Lucheni, em 10 de setembro de 1898. Elisabeth viajava com um nome falso, acompanhada de uma dama de companhia, quando Lucheni descobriu a sua presença na cidade e decidiu assassiná-la, como maneira de chamar atenção para sua causa.
Ele a apunhalou no coração e tentou fugir, entretanto, fora capturado por pessoas que assistiram à cena. Sissi foi levada de volta ao hotel onde estava hospedada, onde faleceu em seguida, aos 60 anos. Seu legado, contudo, sobrevive.
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