Um dos nomes mais curiosos da História, Elisabeth da Áustria, que inspirou 'A Imperatriz', série da Netflix, tem um apelido famoso
Elisabeth da Áustria, popularmente conhecida como Sissi, teve uma vida que oscilou entre a fantasia de um conto de fadas e os desafios da vida real. Nascida em 1837, no seio da aristocracia bávara, ela se casou aos 16 anos com Francisco José I, imperador da Áustria, ascendendo ao posto de imperatriz.
A vida na corte vienense era marcada por protocolos rígidos e tradições formais, o que frequentemente conflitava com o espírito livre e aventureiro de Sissi. Em busca de alívio para sua inquietude, ela encontrava conforto na poesia, na equitação e no contato com a natureza.
A figura histórica continua a fascinar diferentes gerações, especialmente após o lançamento da série "A Imperatriz" pela Netflix. Lançada em 2021, a produção rapidamente conquistou espectadores e recentemente teve sua segunda temporada disponibilizada.
No entanto, vale lembrar que a série reinterpreta a trajetória de Sissi, misturando elementos de drama, romance e intriga política e não é fiel aos fatos.
Um aspecto interessante sobre a imperatriz é a origem do apelido pelo qual é conhecida no Brasil. Durante sua vida, Elisabeth nunca foi chamada de Sissi.
Conforme explica o pesquisador Paulo Rezzutti, coautor do livro"Sissi e o último brilho de uma dinastia: Uma breve história não contada dos Habsburgos", seu apelido na infância era Lisi. Contudo, devido à dificuldade de pronúncia, a jovem usava Zízi, nome que prevaleceu entre seus familiares próximos.
"Nem mesmo os amigos de fora desse círculo mais interno usavam esse apelido, eles a chamavam de Elise. Esse apelido acabou alterado para Sissi em uma série de filmes muito populares nos anos 1950, e essa forma entrou para o imaginário popular", explicou Paulo à Aventuras na História.
A atriz alemã Romy Schneider protagonizou 'Sissi', a série cinematográfica que narra a trajetória de Elisabeth. Esta trilogia, dirigida pelo austríaco Ernst Marischka, estreou na década de 1950 e se tornou um sucesso.
O enredo centraliza-se na vida da adolescente bávara que adentra a aristocracia austríaca, começando com "Sissi", o primeiro filme que introduziu o público à imperatriz.
Depois, veio "Sissi, a Imperatriz", lançado em 1956, e "Sissi e Seu Destino", que chegou aos cinemas em 1957.
Baseados no romance homônimo de Marie Blank-Eismann, publicado na Alemanha em 1952 em duas partes, os filmes não apenas conquistaram plateias ao redor do mundo, mas também foram fundamentais para alavancar a carreira de Schneider ao estrelato internacional.