Tutora foi autuada pelo crime de maus-tratos e presa em flagrante, aguardando audiência; Se condenada, pode ser presa por até 5 anos
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/03/2025, às 16h00
Na última quinta-feira, 27, a Polícia resgatou um cachorro chamado Scooby em Fortaleza, retirando de seu corpo 2,9 kg de pelos sujos e endurecidos. A pelagem excessiva estava ferindo sua pele e comprometendo sua saúde.
O animal foi encontrado na casa de sua tutora com sinais de infecção cutânea, anemia, extrema magreza e dificuldades de locomoção. A mulher foi presa em flagrante.
Após o resgate, Scooby foi levado para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), junto com sua tutora. Posteriormente, o abrigo Anjos da Proteção Animal (APA) encaminhou o cão para uma clínica veterinária.
O veterinário responsável constatou que o animal estava anêmico e infestado de parasitas, como pulgas e carrapatos. Além disso, foi diagnosticado com miíase, uma infecção causada por larvas de moscas, e apresentava nódulos de sangue na pele devido ao peso dos pelos endurecidos.
Ainda na quinta-feira, Scooby passou por uma tosa delicada, feita manualmente com tesouras, pois as máquinas não conseguiam atravessar os pelos embaraçados. Devido aos ferimentos e à dor intensa, o cão precisou ser anestesiado para o procedimento e a realização de exames.
Ele estava coberto de pulgas e carrapatos, e a pele estava necrosada por conta do peso do pelo", relatou ao g1 Stefani Rodrigues, uma das fundadoras da APA. "Precisamos usar anestesia inalatória porque ele gritava de dor", acrescentou.
Durante o processo, quase 3 kg de pelo foram retirados, mas a tosa precisou ser interrompida devido ao cansaço e dor do animal. A expectativa era finalizar o procedimento nesta sexta-feira, 28, juntamente com a análise dos exames para avaliar seu estado de saúde.
O resgate de Scooby aconteceu após denúncias anônimas em uma residência no bairro Praia de Iracema. O cachorro, um mestiço de vira-lata com poodle, foi encontrado sujo, em um corredor externo da casa, sem acesso à água ou comida.
Na delegacia, a tutora, uma mulher de 47 anos, alegou que o cão tinha cerca de 14 anos e não era tosado porque era agressivo e atacava os tosadores.
No entanto, segundo Stefani Rodrigues, a avaliação preliminar dos veterinários estima que Scooby tenha aproximadamente 6 anos. Ela também contesta a alegação de agressividade: "O animal em nenhum momento tentou nos morder ou atacar", afirmou.
A tutora foi autuada pelo crime de maus-tratos e permaneceu presa em flagrante, aguardando audiência de custódia. Se condenada, pode enfrentar pena de dois a cinco anos de prisão.
Enquanto isso, Scooby ficará sob os cuidados da APA, que abriga cerca de 600 animais. O abrigo está arrecadando doações para ajudar nos custos do tratamento veterinário do cachorro.
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