O 2º tenente do Exército Walfrid de Moraes - Divulgação
Segunda Guerra Mundial

Veterano da Segunda Guerra Mundial recebe homenagem ao completar 103 anos

Tenente que lutou pela Força Expedicionária Brasileira na Itália ganhou homenagem militar em seu aniversário de 103 anos

Giovanna Gomes Publicado em 29/07/2024, às 11h52

Um vídeo mostrando uma homenagem militar ao 2º tenente do Exército Walfrid de Moraes, que completou 103 anos este mês, viralizou nas redes sociais. A celebração ocorreu em frente à casa do veterano em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, emocionando a família e muitos internautas.

Walfrid embarcou para a Itália em novembro de 1944, junto com 25 mil homens, para lutar na Segunda Guerra Mundial.

Com grande emoção, o pracinha compartilhou lembranças e amizades daquela época. No início, poucos acreditavam que o Brasil entraria na guerra, com comentários de que “era mais fácil a cobra fumar”.

Me sinto feliz e agradeço a Deus, em primeiro lugar, por eu estar vivo. Na época, houve uma pressão, quase uma exigência, para uma tropa brasileira, e autorizaram a Expedicionária. Nós fomos, e lá no front a cobra fumou”, disse Walfrid, de acordo com o portal g1.

Ele ainda guarda medalhas e sua farda da guerra. Com 23 anos na época, sentiu saudade dos pais e teve dificuldades com a comida e o frio.

No começo, eu senti frio e não tinha comida brasileira, era aquela latinha americana. E aí depois começou a chegar comida brasileira, peru, e a gente começou a comer melhor. Eu tive muita saudade da minha família, dos meus pais, das minhas irmãs”, relembra.

“Mas deu tudo certo, na ida e na volta. Contato bom que eu tive lá foi com criancinhas de uma família que morava perto de uma igreja e nós íamos lá comer. Não sei se eles estão vivos, eu que tô aqui até hoje. São boas lembranças”, afirma Walfrid.

Notícia da vitória

O ex-combatente recorda que estava fugindo de uma briga que estava tendo em uma casa entre combatentes quando recebeu a notícia da vitória.

No fim da guerra, eu estava aguardando uma ordem e estava tendo uma brincadeira em um sobrado. Eu estava correndo em um parreiral, a lua estava clara, e foi ali que eu recebi a notícia de que a guerra tinha acabado”, conta o combatente.

Walfrid recorda ainda a existência de um comércio paralelo entre os militares devido à grande demanda por cigarros pelos italianos. De acordo com ele, os soldados trocavam cigarros por comida ou dinheiro.

Os italianos procuravam muito cigarro, e o dinheiro parecia um pedaço de jornal”, brincou o tenente, segundo o portal de notícias.
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