Recipiente tem formato que lembra a semente de papoula e abriga resíduos de alcaloides presentes na droga
Letícia Yazbek Publicado em 16/11/2018, às 13h59 - Atualizado às 14h20
Pesquisadores do Museu Britânico e da Universidade de York encontraram alcaloides de ópio preservados dentro de um antigo vaso, que faz parte da coleção da instituição inglesa. O objeto, um vaso juglet de base circular, foi encontrado no Chipre e data de 3 600 anos atrás.
Os juglets já haviam sido relacionados ao ópio devido ao seu formato, que se assemelha à cabeça da semente de papoula. No entanto, é a primeira vez que evidências químicas relacionam os recipientes ao comércio de ópio.
Os especialistas acreditam que o juglet de base circular foi utilizado na Idade do Bronze para fins comerciais. Por isso, a descoberta pode indicar que o comércio de ópio já existia entre 1 650 a.C. e 1 350 a.C..
Segundo o Museu Britânico, porém, os alcaloides presentes no vaso foram detectados em um resíduo de óleo vegetal degradado. Sinal de que juglet pode ter sido usado para transportar óleo de semente de papoula em vez de ópio puro.
A descoberta “implica que a substância não foi consumida como um narcótico, mas usada para unção ou perfumaria, na qual as propriedades psicoativas do ingrediente do ópio podem ter apenas um significado simbólico”, declararam os especialistas.
Para a pesquisadora Rebecca Stacey, que liderou o estudo no Museu Britânico, “é importante lembrar que este é apenas um recipiente, então o resultado levanta muitas questões sobre o conteúdo do juglet e sua finalidade. A presença dos alcaloides aqui é inequívoca e dá uma nova perspectiva ao debate sobre o seu significado ”.
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